Jesus e a sua trajetória de luz na terra.

Jesus e a sua trajetória de luz na terra.
Ninguém vai ao Pai senão por mim. João 14,6

sábado, 27 de agosto de 2011

Estresse e espiritualidade - Dra Marlene Nobre



Estresse e espiritualidade - Dra Marlene Nobre
Para o grande público, estresse é uma situação psicologicamente agressiva que repercute no corpo. Este, porém, é apenas um dos aspectos do estresse, a sua versão psicossomática, há outros, porém, a serem considerados. Na verdade, o ser humano vive em estado de estresse permanente, bombardeado por fatores estressantes diversos - físicos, psico-emocionais, e espirituais - que lhe exigem constante adaptação ao mundo que o cerca.
Os fatores estressantes emocionais tanto podem ser tristes, como a morte de um ente querido, o desemprego, quanto felizes, como o sucesso do atleta ou as alegrias do reencontro - todos desencadeiam, do mesmo modo, os mecanismos e as conseqüências do estresse. O mesmo acontece em relação aos abalos nervosos, como no estado de cólera, medo, etc., assim como frente aos fenômenos físicos nocivos -frio, calor, fadiga, agentes tóxicos ou infecciosos, jejum, exercícios físicos exagerados, etc.
Na verdade, o estresse é a resposta não específica que o corpo dá a toda demanda que lhe é feita. Ele corresponde à interação entre uma força e a resistência do organismo a esta força. É o complexo agressão-reação.
Se a agressão é ocasionada por uma grande diversidade de fatores, a reação comporta uma parte idêntica, comum a todos os indivíduos, e uma parte própria de cada um, denominada "coping" ou aspecto específico da reação não específica.
A medicina hoje considera a doença como sendo a resultante da agressão mais a reação não específica, mais reação específica. Isto pode ser resumido em estresse mais coping. Desse modo, considera-se a originalidade própria das reações específicas ao agente estressor, superpostas às reações não específicas do estresse, criando a diversidade dos aspectos clínicos.
Em 1936, Hans Selye, descobridor do estresse, publicou os seus primeiros trabalhos sobre o assunto. Em 1950, descreveu a Síndrome Geral de Adaptação - Reação de Alarme, estágio de Resistência e de Exaustão - com seus aspectos bioquímicos e endócrinos, mostrando qual a reação não específica do organismo às agressões do mundo exterior. Para ele, a intensidade da demanda, a duração e a repetição determinam a resposta. E condiciona o bom ou o mau estresse à eficiência ou não da fase de adaptação. Para Selye, todo indivíduo tem um capital de energia biológica diferente e pode consumir suas reservas conforme tenha maus estresses.
Na reação de alarme, a primeira resposta do organismo ao estresse, entra em ação o sistema hipotálamo-simpático-adrenérgico que prepara o organismo para a luta ou fuga. Entram em jogo a adrenalina e a noradrenalina, com isso, há muita produção de glicogênio, taquicardia, respiração acelerada, concentração do sangue nos vasos principais e nos músculos estriados, inibição dos sistemas digestivo, sexual e imunológico. Depois disso, outro sistema vai entrar em jogo, o hipotálamo - hipófiso-suprarrenal com produção de ACTH e corticóides.Esses sistemas entram em funcionamento na fase de reação e o organismo pode sofrer esgotamento ou entrar na fase de exaustão, tendo como resultado final doença e morte. São inúmeras as doenças de adaptação, entre elas, hipertensão, úlcera, hemorróidas, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes, enxaqueca, etc.
Hoje, como avanço dos estudos, considera-se o sistema limbo-hipotálamo-hipófiso-suprarrenaliano (LHHS). Através do hipotálamo na zona parvocelular mediana do núcleo paraventricular (NPV), são liberados o CRF, o Fator de liberação corticotrófico (Corticotrophin Releasing Factor) e a Argenina Vasopressina (AVP) - que determinam a liberação de ACTH pela hipófise e esta o cortisol pela suprarrenal.Com vemos, o estresse está ligado ao centro das emoções no hipotálamo, assim é importante o estudo de fatores como o medo, a raiva, etc, nos seus mecanismos e reações. Assim, quando o indivíduo sente raiva, por exemplo, é como se ele estivesse diante de um predador, de um perigo iminente e isto desencadeia a reação.
Como vimos, cada indivíduo tem uma reação específica frente ao estresse. Ele coloca suas estratégias de ajuste cognitivas e comportamentais, o "coping", para fazer face aos agentes estressores.
As pesquisas têm demonstrado que doenças como depressão estão absolutamente ligadas ao estresse. Investigação ampla, realizada em 52 países, da qual participou o dr. Alvaro Avezum, do Brasil, acerca dos fatores de risco da doença cardíaca, demonstrou que os psico-sociais entram em mais de 30% dos casos.
O estresse é o campo da medicina que reunifica corpo e alma. O seu estudo está, portanto, intimamente ligado à espiritualidade.Segundo as lições espirituais dadas em 1947, no livro No Mundo Maior, o nosso cérebro tem três áreas distintas: a inicial, onde habita o automatismo e que está no plano subconsciente, a do córtex motor que engloba as conquistas do hoje e está na área do consciente e a dos lobos frontais que representam o ideal e a meta superiores e estão vinculados ao superconsciente. Esta classificação encontra respaldo no livro de Paul Maclean, de 1968, The Triune Brain in Evolution, que nos fala acerca dessas três regiões, afirmando que vemos o mundo através de três cérebros distintos.
Aprendemos também com os Instrutores Espirituais que somos seres em evolução. Quanto mais perto nos encontramos da animalidade mais agimos com instintos e sensações. Com o passar do tempo, e a evolução espiritual conseqüente, passamos a ter sentimentos, sendo o amor, o mais sublimado deles.Se estamos escravizados aos instintos, a maneira pela qual fazemos face aos fatores estressantes é muito primitiva e resulta quase sempre em um mau estresse.
Aprendemos também que é preciso humildade para vencer a animalidade inferior. Infelizmente, porém, em nossas relações em sociedade e no lar estamos muito longe desse sentimento sublime que está intimamente ligado ao amor.
Assim, a fé é importante porque abre as portas do coração para sentir e viver o amor divino em nossas vidas. Através da oração, da meditação, da compreensão do valor da dor, temos a possibilidade de conhecermo-nos a nós mesmos e a reagirmos de forma mais equilibrada às tensões da existência humana. Compreendemos, igualmente, que é preciso treino para o perdão e para eliminação da raiva, da inveja, da mágoa e de outros sentimentos negativos.
A nossa busca da paz para viver no lar, no ambiente de trabalho, dentro da sociedade tem de ser centralizada em Jesus, o Médico da Almas, que afirmou ter a paz verdadeira para nos oferecer. Chico Xavier disse com muita sabedoria: "A paz em nós não resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranqüilidade de consciência no dever cumprido." Para vencer positivamente o estresse é preciso guardar a paz, tê-la como patrimônio. E esta pacificação interior que é responsável pelo sucesso do "Coping", só será uma conquista definitiva quando houver harmonia entre os três cérebros. Para isso, no entanto, é imprescindível não esquecer que é preciso fé em Deus e obediência às Suas Leis.
* Dra. Marlene Nobre é presidente da Associação Médico Espírita do Brasil e Internacional

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mensagem de Bezerra no 3º Congresso Espírita Brasileiro



Emocionado após assistir ao vídeo da mensagem psicofônica que o médium baiano Divaldo Franco foi instrumento durante o encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro no dia 18 de abril de 2010, resolvi transcrever aqui, o texto completo da mensagem que o Dr. Bezerra de Menezes nos enviou. Leia a seguir (grifos nossos):

“Estamos agora em um novo período, estes dias assinalam uma data muito especial, a data da mudança do mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. A grande noite que se abatia sobre a terra lentamente cede lugar ao amanhecer de bênçãos, retroceder não mais é possível.

Firmastes, filhas e filhos da alma, um compromisso com Jesus antes de mergulhares na indumentária carnal de servi-lo com abnegação e devotamento, prometestes que lhe serias fiel, mesmo que vos fosse exigido o sacrifício.

Alargando-se os horizontes deste amanhecer que viaja para a plenitude do dia, exultemos juntos, os espíritos desencarnados e vós outros que transitais pelo mundo de sombras; mas além do júbilo que a todos nos domina, tenhamos em mente as graves responsabilidades que nos exornam a existência do corpo ou fora dele. Deveremos reviver os dias inolvidáveis da época do martirológio, seremos convidados não somente ao aplauso, ao entusiasmo, ao júbilo, mas também ao testemunho, o testemunho silencioso nas paisagens internas da alma, o testemunho por amor àqueles que não nos amam, o testemunho de abnegação no sentido de ajudar aqueles ainda se comprazem em gerar dificuldades tentando inutilmente obstaculizar a marcha do progresso.

Iniciada a grande transição, chegaremos ao clímax e na razão direta em que o planeta experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais serão inadiáveis. Que sejamos nós aqueles Espíritos Espíritas que demonstremos a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas; que outros reclamem, que outros se queixem, que outros deblaterem, que nós outros guardemos, nos refolhos da alma, o compromisso de amar e amar sempre, trazendo Jesus de volta com toda a pujança daqueles dias que vão longe e que estão muito perto.

Jesus, filhas e filhos queridos, espera por nós, que seja o nosso escudo o Amor, as nossas ferramentas o Amor, e a nossa vida um Hino de Amor, são os votos que formulamos os Espíritos Espíritas aqui presentes e que me sugeriram representá-los diante de vós.

Com muito carinho o servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra, muita paz filhas e filhos do coração.”


REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA


REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA

PALESTRA: “A INFLUÊNCIA DA ARTE NA EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO”

Palestrante: Mocidade do Centro Espírita Amor Cristão

Programação: Apresentações Musicais; Palestra; Sorteio de Livros; e, Confraternização.

Data: 27 de agosto de 2011 (sábado)

Horário: 19h30min

Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos)

Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba



O FILME DOS ESPÍRITOS ESTRÉIA EM OUTUBRO!

Em outubro, mais uma obra cinematográfica contribuirá para a divulgação do Espiritismo. O Filme dos Espíritos, uma produção da Mundo Maior Filmes, tem previsão de lançamento dia 7 de outubro. Com atuação de Ana Rosa, Nelson Xavier, entre outros, traz na direção André Marouço e Michel Dubret.

A obra contará a história de um homem que, após perder a esposa, encontra em seu caminho "O Livro dos Espíritos". A partir dali inicia uma jornada de autoconhecimento e transformação em sua vida com a descoberta da espiritualidade e da vida no Mundo Espiritual.

Confira o trailer:

www.youtube.com/watch?v=xzUutYdYkms&feature=player_embedded



BIBLIA DO CAMINHO

A “Biblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e de Francisco Cândido Xavier e uma versão completa do Antigo e Novo Testamentos, sendo todos os livros e textos inter-relacionados através de um Índice temático.

A última versão da “Bíblia do Caminho” traz o ESDE – Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, versão completa.

Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com.

sábado, 20 de agosto de 2011

Presença de Jesus “Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andará em treva, mas terá a luz da vida.” (João 8:12.)



Presença de Jesus

“Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andará em treva, mas terá
a luz da vida.” (João 8:12.)


A presença de Jesus é a presença do amor em nossas vidas. Ele veio para amar, ele consolidou a base dos seus ensinamentos no amor: o amor que une em seu foco ardente as criaturas humanas como filhos Deus, como filhos do mesmo Pai. Em todos os momentos de sua vida, Jesus ensinou sempre a amar. Quando esteve com a massa sofredora e aflita, sempre ensinou que o amor era o antídoto para nos livrarmos das nossas enfermidades da alma que ainda marcha na busca da grande luz. Concitou a Natanael Bem Elias a desenvolver o sentimento de amor, convidou Maria Madalena a descobrir as belezas do  amor que emanam do Pai Criador, incentivou a mulher hemorroíssa que só o amor poderia lhe dar a cura e fazê-la alcançar a felicidade. Em todas as oportunidades convidava o homem para o amor, ao ponto de dizer que é necessário: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ensinando que não podemos amar a Deus sem amar o próximo e que não se pode amar o próximo sem amar a Deus, uma vez que fazem parte de uma mesma cadeia de amor: a que une as criaturas na busca da paz, da felicidade, da harmonia e da certeza de que, assim procedendo, se encontrará um dia, no caminhar dos tempos, a grande luz que se chama Jesus. Por isso, meus irmãos, Jesus é nosso maior exemplo, o exemplo a ser seguido com determinação e disciplina.

Quando elegemos e buscamos  o caminho do  Cristo para nossas vidas, por mais que tenhamos dificuldades no caminho escolhido, por ser ele o caminho que nos leva a renúncias e transformação moral e também a meditações profundas, surge do ser imortal uma força psíquica que nos dá coragem para seguir a meta que queremos conquistar. Entre erros e acertos conseguimos vislumbrar o caminho que temos que seguir, cientes de que as dificuldades constituem oportunidades de crescimento interior, onde o Espírito labora com dificuldades entre o homem velho e o homem novo que começa a resplandecer no seu psiquismo divino. Neste sentido, conseguimos forças para continuar no caminho, pois a certeza da vitória é tamanha que nos faculta condições psíquicas de crescimento interior em busca da grande luz.

Nessa busca, quando encontramos Jesus, ficamos plenos e vivemos em plenitude com a certeza de que o amor é o grande Farol que serve de roteiro seguro para todos que buscam a iluminação.

*

Comentando a resposta dada à pergunta 625 d' O Livro dos Espíritos ("Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo? R.: Vede Jesus"), Allan Kardec escreveu: "Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na Terra. Deu no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu sobre a Terra". 

Em O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. 1, item 4), Kardec esclarece que o papel de Jesus "não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra". E, logo em seguida, assevera: "Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina".

 
OSWALDO COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com

Serrinha, BA (Brasil)
 



O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita
 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ler Matéria - Jornal O CLARIM


 Ler Matéria - Jornal O CLARIM
Juventude e Jesus
Oswaldo Coutinho - cafocoutinho@hotmail.com



Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse: "Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham.

S. MARCOS, cap. X, vv. 13 a 16



Ele chegara como se fosse um raio de sol para iluminar a paisagem lúgubre do planeta. A sua beleza irradiava uma energia de amor e luz, a sua presença facultava ao mundo a oportunidade de redenção, onde todos poderiam ser beneficiados com sua presença. A história de Jesus é a mais bela história que a Terra conheceu. Um Espírito puro, que aceitou das mãos da Providencia Divina a missão de construir e governar um planeta em formação e nele lecionar as mais belas lições jamais vistas.

Quando João, o filho do trovão, ainda jovem, com apenas 17 anos de idade, conheceu as palavras encantadoras do mestre, naquela tarde maravilhosa quando Jesus pregava no lago de Genesaré o jovem foi tocado no fundo do seu coração por uma força sublime, naquele momento vibravam suas forças psíquicas sentido as energias mantenedoras da vida que emanavam do mestre. A certeza que se apoderou daquele jovem foi tamanha que ele sentiu uma mudança íntima profunda e a partir dali passou a segui-lo durante toda sua vida. Quando ele, João, transformando-se no discípulo amado, parte velhinho para o mundo espiritual deixando-nos o seu evangelho de luz e amor.

Jesus sempre teve profunda compaixão pelos jovens, quando ele fora procurado por Jairo, chefe da Sinagoga, para restituir a saúde de sua filha Talita Cume que estava enferma, Jesus esclareceu a Jairo que a filha dele apenas dormia no sono profundo que hoje a ciência denomina de catalepsia ou morte aparente, Jesus tivera tanta compaixão daquela jovem que coloca suas mãos na jovem e disse-lhe: Talita Cume levanta e anda, o fluido renovador que partira do mestre fora direcionado para o corpo fluido de Talita, imediatamente reconstruindo a saúde da Jovem. A cura fora possível porque o laço perispirítico, que serve de ligação do espírito ao corpo, não fora totalmente desligado, se houvesse acontecido o desligamento total a jovem só poderia retornar ao mundo físico através do processo reecarnatório. Jesus, com o seu psiquismo divino, renovou as energias fluídicas da menina e, em consequência, a saúde.

Quando Jesus, entrando na cidade de Naim, vendo uma viúva e o enterro do seu único filho, disse-lhe: “Não chores mais”, depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o conduziam pararam. Então disse: “Jovem, levanta-te, eu te ordeno”. Ao mesmo tempo o jovem se ergueu, sentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe.

Jesus, por ser o psicoterapeuta divino, por conhecer todas as ovelhas que o pai lhe confiou, sabia que todos nós somos crianças espirituais e que os jovens são jovens no corpo, mas são espíritos antigos com muitos compromissos assumidos com a consciência cósmica, necessitando de ajuda e apoio para a sua renovação e transformação moral e a conquista da sua plenitude. E a Juventude espírita tem essa missão divina de esclarecer ao jovem as bases morais do Cristo, consubstanciadas nos ensinamentos de Kardec, que são: a lei de causa e efeito, a imortalidade da alma, a reencarnação, o livre arbítrio, ensinamentos esses que norteiam o jovem para o verdadeiro sentindo da vida para que possamos acertar cada vez mais e errar cada vez menos, nesse sentido onde ele possa conhecer os mecanismos sublimes que servem de roteiro seguro para aqueles que querem ir ao encontro do Pai. E principalmente do seu encontro consigo mesmo, compromisso esse assumido antes de voltar ao proscênio terrestre com a finalidade de crescer e alcançar as moradas celestiais onde o amor impera e fornece luminosidade; tenhamos a certeza, todos nós, jovens, que Jesus nos vela, nos espera e nos guia, pois ele mesmo asseverou: “Ergo bônus pastor sun: Eu sou o bom pastor e nenhuma ovelha que o pai me confiou se perderá”. Assim, sejamos fortes e corajosos para desbravar os mares bravios das nossas imperfeições da alma, no sentido de alcançar a tão sonhada iluminação.

  

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domingo, 14 de agosto de 2011

Tragédias coletivas: por quê?


Suely Caldas Schubert

A dolorosa ocorrência da queda do avião da TAM, que ia de São Paulo para o Rio, causando a morte de quase cem pessoas, traz novamente, de forma mais intensa e angustiosa a pergunta: por quê? por que acontecem essas tragédias coletivas? Outras indagações acorrem à mente: por que alguns foram salvos, desistindo da viagem ou chegando atrasados ao aeroporto? Por que alguns foram poupados e outros receberam o impacto da queda do avião em suas casas ou na rua?
Somente o Espiritismo tem as respostas lógicas, profundas e claras que explicam, esclarecem e, por via de conseqüência, consolam os corações humanos.
Para a imensa maioria das criaturas essas provas coletivas constituem um enigma insolúvel pois desconhecem os mecanismos da Justiça Divina, que traz no seu âmago a lei de causa e efeito.
Ante tragédias como essa mais recente, ou como outras de triste memória: o incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo; o incêndio no circo em Niterói; outros desastres de avião; terremotos; inundações; enfim, diante desses dramáticos episódios a fé arrefece, torna-se vacilante e, não raro, surge a revolta, o desespero, a descrença. Menciona-se que Deus castiga violentamente ou que pouco se importa com os sofrimentos da Humanidade. Chega-se ao ponto de comparar-se o Criador a um pai terreno e, nesse confronto, este sair ganhando pois zela pelos seus filhos e quer o melhor para eles, enquanto que Deus...
O Codificador do Espiritismo interrogou os Espíritos Superiores quanto às provas coletivas, no item intitulado Flagelos Destruidores, conforme vemos em "O Livro dos Espíritos", nas questões 737 a 741, que recomendamos ao atencioso leitor.
Nos últimos tempos a Espiritualidade Amiga tem-se pronunciado a respeito das provações coletivas, conforme comentaremos a seguir.
Exatamente no dia 17 de dezembro de 1961, em Niterói (RJ), ocorre espantosa tragédia num circo apinhado de crianças e adultos que procuravam passar uma tarde alegre, envolvidos pela magia dos palhaços, trapezistas, malabaristas e domadores com os animais. Subitamente irrompe um incêndio que atinge proporções devastadoras em poucos minutos, ferindo e matando centenas de pessoas, queimadas, asfixiadas pela fumaça ou pisoteadas pela multidão em desespero.
Essa dramática ocorrência, que comoveu o povo brasileiro, motivou a Espiritualidade Maior a trazer minucioso esclarecimento, conforme narrativa do Espírito Humberto de Campos, inserida no livro "Cartas e Crônicas" (ed. FEB), cap. 6.
Narra o querido cronista espiritual que no ano de 177, em Lião, no sopé de uma encosta mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, com altas paliçadas em torno de enorme arena. Era a época do imperador Marco Aurélio, que se omitia quanto às perseguições que eram infligidas aos cristãos. Por isto a matança destes era constante e terrível. Já não bastava que fossem os adeptos do Nazareno jogados às feras para serem estraçalhados.
Inventavam-se novos suplícios. Mais de vinte mil pessoas haviam sido mortas.
Anunciava-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do imperador. As comemorações para recebê-lo deveriam, portanto, exceder a tudo o que já se vira. Foi providenciada uma reunião para programação dos festejos.
Gladiadores, dançarinas, jograis, lutadores e atletas diversos estariam presentes. Foi quando uma voz lembrou: -"Cristãos às feras!" Todos aplaudiram a idéia, mas logo surgiram comentários de que isto já não era novidade. Em consideração ao visitante era preciso algo diferente. Assim, foi planejado que a arena seria molhada com resinas e cercada de farpas embebidas em óleo, sendo reunidas ali cerca de mil crianças e mulheres cristãs. Seriam ainda colocados velhos cavalos e ateado fogo. Todos gargalhavam imaginando a cena. O plano foi posto em ação. E no dia seguinte, conforme narra Humberto de Campos, ao sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, encontraram a morte, queimadas ou pisoteadas pelos cavalos em correria.
Afirma o cronista espiritual que quase dezoito séculos depois, a Justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em dolorosa expiação na tragédia do circo, em Niterói.
Uma outra tragédia também mereceu dos Benfeitores Espirituais vários esclarecimentos.
Por ocasião do incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, ocorrido no dia lº de fevereiro de 1974, o médium Francisco Cândido Xavier, em seu lar, em Uberaba (MG), ouvindo a notícia pelo rádio, reuniu-se em prece com quatro amigos, solicitando auxílio dos Benfeitores Espirituais para as vitimas .
Atendendo ao apelo apresenta-se o Mentor Espiritual Emmanuel e escreve, através do médium, comovedora prece inserida no livro "Diálogo dos Vivos".*
Dias depois, em reunião pública, na qual estavam presentes alguns familiares de vítimas do incêndio do Joelma, os poetas Cyro Costa e Cornélio Pires (Espíritos) manifestaram-se pela psicografia, ditando ao médium sonetos referentes à tragédia.
O soneto de Cyro Costa traz uma dedicatória e o transcrevemos, tal como está, no citado livro "Diálogo dos Vivos" (cap. 26, pág. 150):
Luz nas chamas
Cyro Costa
(Homenagem aos companheiros desencarnados no incêndio ocorrido na capital de São Paulo a 1º de fevereiro de 1974, em resgate dos derradeiros resquícios de culpa que ainda traziam na própria alma, remanescentes de compromissos adquiridos em guerra das Cruzadas.)
Fogo!... Amplia-se a voz no assombro em que se espalha.
Gritos, alterações... O tumulto domina.
No templo do progresso, em garbos de oficina,
O coração se agita, a vida se estraçalha.

Tanto fogo a luzir é mística fornalha
E a presença da dor reflete a lei divina.
Onde a fé se mantém, a prece descortina
O passado remoto em longínqua batalha...

Varrem com fogo e pranto as sombras de outras eras
Combatentes da Cruz em provações austeras,
Conquanto heróis do mundo, honrando os tempos idos.

Na Terra o sofrimento, a angústia, a cinza, a escória...
Mas ouvem-se no Além os hinos de vitória
Das Milícias do Céu saudando os redimidos.

Tecendo comentários sobre o soneto de Cyro Costa, Herculano Pires (no livro retrocitado),pondera que somente a reencarnação pode explicar a ocorrência trágica. Segundo o poeta as dívidas remontavam ao tempo das Cruzadas. Estas foram realizadas entre os séculos XI e XIII e eram guerras extremamente cruéis com a agravante de terem sido praticadas em nome da fé cristã. Os historiadores relatam atos terríveis, crimes hediondos, chacinas vitimando adultos e crianças. Os débitos contraídos foram de tal gravidade que os resgates ocorreram a longo prazo. Tal como o do circo em Niterói. O que denota a Bondade Divina que permite ao infrator o parcelamento da dívida, pois não haveria condição de quitá-la de uma só vez.
Vejamos agora o outro soneto (cap. 27, pág. 155):
Incêndio em São Paulo
CORNÉLIO PIRES

Céu de São Paulo... O dia recomeça...
O povo bom na rua lida e passa...
Nisso, aparece um rolo de fumaça
E o fogo para cima se arremessa.

A morte inesperada age possessa,
E enquanto ruge, espanca ou despedaça,
A Terra unida ao Céu a que se enlaça
É salvação e amor, servindo à pressa...

A cidade magoada e enternecida
É socorro chorando a despedida,
Trazendo o coração triste e deserto...

Mas vejo, em prece, além do povo aflito,
Braços de amor que chegam do Infinito
E caminhos de luz no céu aberto...

A idéia de que um ente querido tenha cometido crimes tão bárbaros às vezes não é bem aceita e muitos se revoltam diante dessas explicações, mas, conhecendo-se um pouco mais acerca do estágio evolutivo da Humanidade terrestre e do quanto é passageira e impermanente a vida humana, a compreensão se amplia e aceitam-se de forma mais resignada os desígnios do Criador. Por outro lado, que outra explicação atenderia melhor às nossas angustiosas indagações?
Estas orientações do Plano Maior sobre as provações coletivas expressam, é óbvio, o que ocorre igualmente no carma individual. Todavia, é compreensível que muitos indaguem como seria feita a aproximação dessas pessoas envolvidas em delitos no passado. A literatura espírita, especialmente a mediúnica, tem trazido apreciáveis esclarecimentos sobre essa irresistível aproximação que une os seres afins, quando envolvidos em comprometimentos graves. A culpa, insculpida na consciência, promove a necessidade da reparação.
O Codificador leciona de forma admirável a respeito das expiações, em "O Céu e o Inferno" (Ed. FEB), cap. 7 - As penas futuras segundo o Espiritismo. Esclarece que "o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela permanência no mal, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do bem".

Assim - expressa Kardec -, as condições para apagar os resultados de nossas faltas resumem-se em três: arrependimento, expiação e reparação.

"O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.

Este o notável Código penal da vida futura, que tem 33 itens e que apresenta no último o seguinte resumo, em três princípios:

"lº O sofrimento é inerente à imperfeição.

2º Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas conseqüências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.

3º Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a felicidade futura.

A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: - tal é a lei da Justiça Divina."
* XAVIER, Francisco Cândido e PIRES, J. Herculano. Espíritos Diversos, cap. 25, p. 145, 1ª ed. da GEEM, São Bernardo do Campo (SP) - 1974.

Alberto Almeida: Sexualidade bem conduzida é caminho de felicidade



Alberto Almeida: Sexualidade bem conduzida é caminho de felicidade



Sexualidade. Assunto que desperta curiosidade em uns e é tabu para outros. Tema nem sempre tratado com o respeito e o bom senso ideais, apesar de ser função natural e valiosa para o ser humano como se infere da afirmação do orador espírita Alberto Almeida, descrita no título. Sobre a sexualidade, Almeida que profissionalmente é médico homeoata e terapeuta transpessoal em Belém (PA) conversou com o programa "O Espiritismo Responde", na última visita a Maringá. Confira os principais trechos da entrevista.

ER: Qual é a função do sexo na visão espírita?
Alberto Almeida: O sexo é expressão da energia que o espírito traz e que atende necessidades específicas como a reprodução, viabilizando a reencarnação e a troca de energias entre os parceiros que se relacionam conjugalmente. A energia sexual pode ser canalizada para outras formas criativas no campo do trabalho, da cultura, da beneficência, da acessibilidade e do bem comum. O ato da mãe ou do pai que afagam a criança envolvendo-a em atitude terna e amorosa, por exemplo, tem conteúdo de energia sexual. Quando trabalhamos essa energia na horizontalidade das novas relações, não a circunscrevendo a manifestação genitálica no relacionamento conjugal, mas ampliando para os filhos, para os amigos, para os companheiros do trabalho e dentro de uma perspectiva de interação emocional, afetiva, dentro de um idealismo, dentro de uma postura produtiva utilizamos a energia que é sexual, mas não é genital.

ER: Por que o sexo ainda está tão relacionado ao pecado?
Alméida: A visão ancestral, teológica recriminou a sexualidade. Criou relação preconceituosa a respeito do sexo, associando-o com a porta de acesso ao inferno. Essa posição se contrapõe com a espontaneidade do sexo, que é tão divina quanto são os olhos, a boca, a capacidade da memória, já que tudo no ser humano é divino, inclusive, o sexo. Por conta da grande negação dessa sexualidade, criamos muitos distúrbios que são manifestações profundamente deformantes dessa pulsão, que nos fazem escorregar para a pedofilia, desejos múltiplos, posições promíscuas, buscarmos o estabelecimento da poligamia, apresentarmos uma anestesia da sexualidade e outros conflitos mais graves que envolvem processos psicopatológicos. São desequilíbrios causados pela falta de conhecer-se e de permitir-se trabalhar a sua sexualidade dentro dos dispositivos da função para a qual ela existe.

ER: E quanto ao estímulo atual pela busca do prazer sexual?
Almeida: Em a humanidade, quando rompemos de um extremo, é natural fazermos movimento pendular e alcançarmos o outro extremo. A sociedade vive exatamente esse momento a partir das décadas de 1960 e 1970, quando a visão de obscurantismo foi rompida e, por falta de balizamento ético para se propor relação da sexualidade mais espontânea e equilibrada, ocorreu a banalização e vulgarização da sexualidade. O sexo foi reduzido à atividade corpórea e transformado em objeto da libertinagem. A posição espírita, já conseguia ao tempo do codificador Allan Kardec, e ao longo de todo século passado, apresentar algumas posições que fazem da sexualidade um caminho de felicidade como a necessidade de o sexo ser exercido com respeito, disciplina, responsabilidade e com profundo amor. Conclusões as quais, atualmente, chegam os sexólogos da sexualidade.

ER: Qual é a melhor maneira dos pais lidarem com os filhos em relação à sexualidade?
Almeida: Tratando com naturalidade e trabalhando seus próprios preconceitos. A dificuldade não está nos filhos, está nos adultos que não têm liberdade interior para abordar o sexo dentro da seriedade, da beleza e da leveza que o entretém como parte da personalidade do ser. Ao conversar com a criança, os pais devem dar a visão informativa do sexo, por exemplo, se referindo ao órgão sexual com a denominação que a biologia consagrou como vulva, pênis, vagina, bolsa escrotal, glande e evitando os apelidos. Também é importante a formação educativa, que estabeleça critérios éticos para auxiliar Os jovens a manejar sua sexualidade numa performance de profundidade, de seriedade e de profunda coerência com a ética. É preciso ter muita atenção porque a maioria de nós somos espíritos que fraquejamos em outras vidas na área da sexualidade e trazemos muitas pulsões e inclinações que são tendências equivocadas. Se você não trabalha o sexo adequadamente hoje, ele irrompe amanhã, exigindo reeducação.

ER: Como agir para ter uma sexualidade saudável e feliz?

Almeida: É preciso ampliar nossa capacidade de amar a cada dia. Ter profundo respeito por si mesmo para poder respeitar o outro e assumir uma dinâmica de controle sobre os seus impulsos, valorizando a posição da disciplina como atitude norteadora da utilização da sua energia sexual. É necessário evitar a promiscuidade e atitudes que levem à sexualidade somente física. Deve-se descartar posturas que são apenas de consumo como as que se estabelecem em relações com pessoas desconhecidas, após o encontro numa boate ou semialcoolizado. Nesses casos há encontro sexual, mas desencontro de almas e um vale-se do outro como se fosse objeto. Distanciar-se, portanto, dessas posições. e assumir dinâmica que envolva amor e educação, fundamentalmente, em todas as interações emocionais e afetivas.

Entrevista com André Luiz Peixinho pelo Instituto de Cultura Espírita do Brasil*



Entrevista com André Luiz Peixinho pelo Instituto de Cultura Espírita do Brasil*


ICEB - Qual o conceito de vida no mundo espiritual?

ALP - Não temos um conceito apropriado para a vida no mundo físico, embora saibamos com clareza o que chamamos de ser vivo pelas suas propriedades de autopoieses, multiplicação, interação ambiental, autorregulação e individuação.
Da mesma forma é difícil caracterizar vida em outra dimensão, pois a linguagem humana foi construída centrada no espaço-tempo-matéria. O que podemos afirmar, com base na experiência mediúnica, é que seres espirituais, com conformação ajustada à dinâmica de sua realidade existencial não física, vivem os processos pertinentes às suas necessidades e motivações.

ICEB - Há evolução no mundo espiritual?

ALP - A evolução é fenômeno universal e, assim é intrínseco à manifestação do espírito em qualquer dimensão existencial.
Através dela, realizamos a perfeição divina em nossas manifestações, conscientizamo-nos sobre nossa unidade fundamental com Deus e nos tornamos co-criadores cósmicos.
O mundo físico é apenas uma pequena faixa do Cosmos, percebida pela consciência e nela não se esgota o transformismo evolutivo.
As informações espirituais relatam experiências multidimensionais fora do mundo material, que demonstram a existência de vários mundos dentro do chamado mundo espiritual, cujas barreiras de percepção entre si assemelham-se àquelas que detectamos na relação entre encarnados e desencarnados.
Ora, essas faixas de atuação diferenciadas no mundo espiritual são de níveis evolutivos diferentes, por onde transitam os espíritos no trabalho em busca de plenitude.

ICEB - De que maneira o perispírito funciona como corpo do espírito enquanto desencarnado?

ALP - O perispírito é uma construção do espírito adaptado às suas demandas existenciais.
Na verdade, não temos linguagem adequada para descrever o que é o espírito, pois não podemos inclí-lo na categoria das coisas ou dos seres que se expressam conformados pelas condições materiais. O perispírito como sua manifestação, entretanto, pode ser descrito como recorda Kardec, pois tem uma constituição semimaterial.
Ele, por analogia, é o envoltório do espírito e realiza as funções que são próprias a cada faixa evolutiva.
Influencia o mundo físico como modelo organizador biológico. No mundo espiritual reflete as características psicodinâmicas do espírito e conserva traços da última encarnação, tanto mais fortes quanto maior for o apego às experiências vividas. À medida que o psiquismo se desloca do polo material para o espiritual, o perispírito se modifica deixando as formas humanas para trás, como memórias de um momento existencial evolutivo.

ICEB - O espírito desencarnado sonha, come, bebe, respira?

ALP - As funções fisiológicas do corpo humano podem servir apenas por analogia à descrição do funcionamento do espírito e, mesmo assim, na faixa evolutiva próxima ao estado físico. Com a desencarnação, o espírito arraigado àsvivências terrestres terá desejos e necessidades idênticas ao mundo biológico que lhe é tão familiar, e manterá o perispírito com estruturação similar ao corpo físico, que foi por ele modelado.
No capítulo da nutrição, relatam alguns espíritos, estas necessidades são atendidas, realizando processos de simbiose e de parasitismo psíquico com os encarnados e, caso se situem em regiões espirituais com características bem terrestres, alimentam-se com substâncias similares, constituídas por matéria fluídica, o que elimina, pela essencialização dos elementos, a necessidade de órgãosemunctórios de sólidos e líquidos.
Se evoluídos, constituem sua sustentação através da difusão cutânea de produtos do reservatório da Natureza e de raios vitalizantes do amor.
Quanto ao sonho, o que já sabemos é que o mesmo ocorre em períodos similares ao nosso sono. Para melhor entendermos tal fenômeno, vale recordar que o perispírito é também descrito como uma superposição de camadas que podem se dissociar. Assim, utilizando-se de uma linguagem corrente nos estudos espirituais, dizemos que o mesmo é constituído de corpo astral, corpo mental, corpo causal etc. o que permite o desdobramento para possibilitar as vivências oníricas.
Embora conheçamos relatos de necessidades sexuais no mundo espiritual próximo ao terrestre, usualmente saciadas no intercâmbio com encarnados, as mais completas informações mediúnicas asseguram que há substanciais diferenças entre os órgãos genésicos corporais e seus equivalentes espirituais, em termos de função.
Verifica-se que a aparência ou fenótipo masculino e feminino persistem. Entretanto, não identificamos nenhum fenômeno procriativo semelhante às gestações terrestres. Isto não quer dizer que a sexualidade, como expressão de um fenômeno universal de união de qualidades, não ocorra. Temos muitos relatos de união espiritual com enriquecimento mútuo, através das experiências de comunhão afetiva.

ICEB - Quais os mecanismos de comunicação entre os espíritos?

ALP - A linguagem dos desencarnados é a imagem de si mesmo exteriorizada. Ainda podem conservar o hábito da comunicação verbal e, inclusive, viverem a limitação existencial de não saberem expressar-se em diferentes idiomas, pois nas zonas próximas ao mundo físico, há ainda o denominado espaço das nações.
Quanto mais evoluído, mais predominante a linguagem através do pensamento e da imagem, em circuitos de beleza e amorosidade. Se, porém, muito inteligentes, com mentes vigorosas e de baixo nível moral, também podem se utilizar destes recursos, mas plasmarão telas aflitivas, e suasondas mentais serão de sofrimento.
ICEB - Há estudos universitários que comprovam a vida no mundo espiritual?

ALP - Os modelos acadêmicos, por necessidade histórica e paradigmática, normalmente definem seus projetos numa perspectiva materialista. E, assim, não problematizam questões como sobrevivência à morte corporal etc. Entretanto, verificamos existir, como exceções, estudos de boa qualidade por profissionais universitários que pesquisam EQM (experiências de quase morte), memória extracerebral, marcas de nascença, transcomunicação instrumental, neuroteologia, filosofia da religião, conscienciologia, entre outros que fazem incursões, ainda que tímidas, no mundo espiritual.
Com a progressiva insatisfação com o paradigma materialista e o advento de um modelo investigativo centrado na consciência ou espírito, já em construção a partir dos contributos da nova Física e da Epistemologia transdisciplinar, as pesquisas deverão avançar mais rapidamente, como se pode perceber pela criação de núcleos acadêmicos de medicina e espiritualidade em grande parte das universidades americanas, e a instituição de cursos de especialização em Psicologia Transpessoal do Ocidente.



*Presidente da federação Espírita da Bahia. Possui graduação em MEDICINA (1975), FILOSOFIA (1985), PSICOLOGIA (1993), mestrado em MEDICINA INTERNA (1980) e doutorado em EDUCAÇÃO (2002) todos pela Universidade Federal da Bahia. Especializado em TERAPIA REGRESSIVA A VIVÊNCIAS PASSADAS( 1996) pelo Woolger Training Internacional (EUA). Atualmente é professor titular de Saúde da Família da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, professor adjunto IV da Faculdade de Medicina da Bahia, coordenador pedagógico do Instituto Junguiano da Bahia, coordenador do Centro de Decisão da Sociedade Hólon e membro do Conselho da Fundação José Petitinga.

A Evolução de Jesus em “Linha Reta


A Evolução de Jesus em “Linha Reta”


      Não trataríamos aqui de semelhante assunto, se a tese defendida por Emmanuel não estivesse sendo colocada em questão por alguns articulistas. Temos bom-senso suficiente para saber que especular sobre a evolução de Jesus Cristo seria o mesmo que um batráquio cogitar da evolução de uma estrela. Não obstante, com todo o respeito, gente há que se atreve a coaxar e, o que é pior, escudando-se em Kardec.
      Em “O Consolador”, respondendo à questão 243, escreveu Emmanuel: “Todas as entidades espirituais encarnadas no orbe terrestre são espíritos que se resgatam ou aprendem nas experiências humanas, após as quedas do passado, COM EXCEÇÃO DE JESUS-CRISTO, FUNDAMENTO DE TODA VERDADE NESTE MUNDO, CUJA EVOLUÇÃO SE VERIFICOU EM LINHA RETA PARA DEUS...”
      Emmanuel, como coaxam os referidos companheiros, não está contrariando a Codificação: eles é que precisam estudar um pouquinho mais...
      Senão, vejamos. Em “O Livro dos Espíritos”, questões 120 e 124, fica mais do que claro. Permitam-nos transcrevê-las na íntegra.
      “120. Todos os espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?
      “NÃO PELA FIEIRA DO MAL, MAS PELA DA IGNORÂNCIA”.

      “124. UMA VEZ QUE HÁ ESPÍRITOS QUE, DESDE O PRINCÍPIO, SEGUEM O CAMINHO DO BEM ABSOLUTO E OUTROS O DO MAL ABSOLUTO, haverá, talvez, gradações entre esses dois extremos?
      “Sim, certamente, e constituem a grande maioria”.

      Nenhum malabarismo intelectual, na interpretação dos textos acima, é possível. Os Espíritos foram claros e Kardec também. Seria um absurdo que o espírito, em sua trajetória evolutiva, necessitasse errar. Isto seria consagrar a fatalidade do mal! Obrigado ao erro, o espírito não seria chamado a responder por ele e, consequentemente, o carma não se engendraria.
      Mas vamos adiante. Na realidade, quem está a contestar Emmanuel em semelhante tese, além de estar batendo de frente com Kardec, igualmente contraria nada mais, nada menos, que a João, o Evangelista, no clássico “Roma e o Evangelho”, de D. José amigo y Pellícer, editado pela FEB. Em mensagem mediúnica em Lérida, na Espanha, no “Circulo Cristiano-Espiritista”, em março de 1874, escreveu o “discípulo amado”, na 28ª coletânea, mas propriamente no capitulo XIV: “Ninguém foi, nem será igual ao Filho, por que ele foi sempre o cumprimento da lei, SEM NUNCA INFRIGI-LA”.
      Para os que não querem aceitar, maiores subsídios seriam desnecessários. Continuarão negando, arranjando um pretexto para criticar a Obra Mediúnica de Chico Xavier. No fundo, é o que eles pretendem. Muitos, sem que o saibam, estão a serviço das Trevas.
      De nossa parte, para não nos estendermos em excesso, resumimos: a revelação de que o espírito pode evoluir em “linha reta” para Deus não é de Emmanuel: está na Codificação e, ainda, em “Roma e o Evangelho”, obra referendada pela FEB. Muitos, por certo, dirão que a FEB também referenda Roustaing. Raciocinando por tal prisma, questionar-se-á todos os livros que ela edita e, se assim for, é melhor “fechar para balanço”...
      Para nós, do “JORNAL DA MEDIUNIDADE”, a palavra lúcida de Emmanuel, através da autoridade mediúnica de Chico Xavier, basta por si. Foram 75 Anos de Abençoado Apostolado! Não iremos permitir agora que o oportunismo das Trevas, pela invigilância e falta de conhecimento de alguns companheiros, valendo-se da ausência física do Médium, em nosso Plano, venha a “fazer festa”. Alto lá! Se querem criticar Emmanuel na aludida questão, critiquem primeiro o Codificador. Desmintam “O Livro dos Espíritos”, no que Kardec escreveu, se forem capazes. E, quando afirmamos que a Obra Mediúnica de Chico Xavier conta com inimigos dentro da própria Doutrina, ainda há quem diga que estamos exagerando...

(Artigo extraído do "JORNAL DA MEDIUNIDADE" - Uberaba (MG))

VIDEO: PROGRAMA ESPÍRITA JESUS NO SEU LAR.TEMA ESPIRITISMO NA ATUALIDADE


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Primado do Espírito (Espírito Viana de Carvalho)

Querida Professorinha:

sempre em paz.
Em nossa reunião mediúnica da noite de ontem, o Espírito Vianna de Carvalho escreveu uma mensagem intitulado O PRIMADO DO ESPIRITO, dedicada ao Congresso, que estarei enviando em ATTACH.
Caro você e o nosso Peixinho, não achem própria, não se preocupem, pois que não haverá problema.
Na mesma reunião apareceram-me Peixinho (pai) e Olívia, ambos muito felizes. Falei aos familiares que estavam presentes.
Solicitei ao setor próprio que fizesse uma busca e encontramos 150 Revistas Presença Espírita, que estão às suas ordens.
Já comuniquei à Moema, no Círculo de Leitura, e você poderá mandar buscá-las, quando lhe for possível.
Orando e vigiando, sigamos adiante.
Abraços,

Di

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O PRIMADO DO ESPÍRITO

Os futurólogos previram com segurança o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, e hoje pode ser constatado o acerto de muitas dessas conjecturas otimistas, que facultam comodidades ao ser humano como dantes jamais foram imaginadas...
Inventos engenhosos e artefatos fantásticos de expressiva complexidade geraram conforto material e contribuíram eficazmente para o bem-estar das criaturas terrestres.
Avanços significativos alteraram profundamente a geografia planetária, erguendo cidades fabulosas e construindo veículos especiais capazes de desenvolver velocidades supersônicas, assim diminuindo as distâncias físicas, enquanto a comunicação virtual facilitou o intercâmbio sob muitos aspectos entre os indivíduos.
Enfermidades dilaceradoras que dizimavam periodicamente a sociedade, foram debeladas, enquanto a técnica de diagnóstico vem identificando inúmeras patologias que permaneciam ignoradas, tornando-se passíveis de terapias curativas.
Pântanos ameaçadores, charcos pestilento e desertos áridos transformaram-se em jardins e pomares, enquanto os rebanhos de animais domésticos multiplicaram-se, saudáveis, a benefício das comunidades humanas.
As sombras que campeavam soberanas, cederam lugar a variada iluminação, o frio terrível pode ser aquecido e o calor asfixiante amenizado graças à contribuição de aparelhos especiais, que favorecem o equilíbrio térmico em benefício da saúde e da produção ampliada nas indústrias e em toda parte.
Sem qualquer dúvida, valiosíssima contribuição da cultura e dos engenhos, da arte e do pensamento, tornaram este século como sendo o da beleza, do conhecimento, da comodidade e do lazer.
Multiplicam-se os esportes e as recreações, alcançando os graves patamares de radicais, e, para milhões de indivíduos, o mundo é uma festa intérmina, um imenso palco para exibição de tudo, incluindo as mais diversas, nem sempre felizes, expressões do gozo.
Lamentavelmente, porém, a ilusão do poder e do desfrutar não solucionou os estarrecedores fenômenos psicológicos, socioeconômicos e morais que assolam, arrebanhando incontável número de vítimas que estorcegam nos grilhões do sofrimento.
A drogadição e os transtornos de conduta, o sexo desvairado e as ambições desmedidas, o alcoolismo, o tabagismo e os crimes hediondos apresentam estatísticas elevadas que surpreendem os estudiosos do comportamento na atualidade febricitante na alucinação que toma conta do mundo.
A agropecuária, baseada nas conquistas científicas e os produtos manufaturados na área da alimentação, não têm conseguido atender a fome das centenas de milhões de miseráveis que contemplam, esquálidos, o desperdício dos poderosos indiferentes, dominados pelo câncer do egoísmo que também os devora.
Os acordos internacionais não diminuíram as lutas étnicas entre os povos de sua própria nação, enquanto a ameaça de alguma guerra de extermínio geral paira sobre a humanidade, qual espada de Dâmocles prestes a desferir o golpe, sustentada apenas por delicado fio...
A economia programada de maneira a tornar mais poderosos aqueles que já são arbitrariamente ricos, sofre contínuos golpes na oscilação constante das bolsas, em decorrência dos fenômenos que têm lugar nos diferentes países poderosos, cujas balanças estão quase sempre em desequilíbrio.
Esse comportamento econômico deixa os povos em aflição, gerando desconforto e morte...
A negligência e as ambições desmedidas de autoridades e de nações têm contribuído para o aquecimento gradual do planeta, que sofre ameaças terríveis de destruição da sua fauna e flora, por fim, do próprio ser humano, seu devastador.
Tudo isso e muito mais, porque as conquistas morais não alcançaram os níveis equivalentes daqueles de ordem material.
A decadência das religiões opressoras do passado e a volúpia dos novos grupos do Evangelho produziram mais pessoas indiferentes e niilistas, do que realmente fiéis, aturdidas na sua maioria pela conquista do reino da Terra em detrimento das paisagens dos Céus...
A miséria e a ignorância geraram a violência doméstica, escolar e urbana com elevados índices de criminalidade.
O vazio existencial defluente da perda dos objetivos psicológicos, das tradições e dos valores da família, abriu espaço para os complexos distúrbios emocionais enquanto o medo assenhoreia-se dos diversos segmentos da sociedade.
Na grandeza exterior encontra-se, também, a lamentável desarticulação dos tesouros ético-morais com prejuízos incalculáveis para a hodierna civilização...
Concomitantemente, porém, anunciam-se novos tempos de amor e de paz, de fraternidade e de renovação humana.
Do quase caos de natureza moral, surgem as florações da esperança em outros valores que não apenas esses que produzem sensações e devaneios, gozos exaustivos e frustrações doentias.
O Espiritismo, dando cumprimento à promessa de Jesus, a respeito de o Consolador, chega, neste momento de graves tribulações, oferecendo o tesouro da fé lógica e racional, restabelecendo as diretrizes enobrecedoras do conhecimento em torno da imortalidade do Espírito, propiciando alegrias não imaginadas anteriormente...
Exausto da ilusão transformada no pesadelo dos sofrimentos, o ser humano desperta aos clarins da verdade para o saudável comportamento baseado nos compromissos de respeito à vida em todas as suas expressões.
Sem desconsideração pelas gloriosas conquistas logradas, antes, delas utilizando-se, o Espiritismo favorece as mentes e as emoções com a realidade da vida, apresentando nova ética, que é a mesma ensinada e vivida por Jesus e pelos Seus apóstolos, exarada no amor e na construção do bem de todas as maneiras possíveis, capaz de alterar para melhor a situação de extrema angústia que paira na humanidade.
Ao som harmonioso do sermão das bemaventuranças, implanta-se na Terra, suavemente, a proposta da abnegação e do dever de amar, entre todos os indivíduos que, iluminados pela revelação dos Espíritos, transformam-se em vexilários do bem, abrindo espaços para a felicidade de todos, sem distinção de raça ou etnia, de cor ou de religião, de partido político, todos,, porém, irmanados pelo sentimento do bem.

*

Assim sendo, saudamos no atual XIV Congresso Espírita promovido pela Federação Espírita do Estado da Bahia, mais uma contribuição valiosa para que se instale na Terra, desde já e em definitivo, a era do primado do Espírito, elaborando, a partir de agora, o mundo de regeneração e de bênçãos que todos anelamos.

Vianna de Carvalho

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 20 de julho de 2011, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

ENTREVISTA DE DIVALDO FRANCO CONCEDIDA AO JORNAL "O PARANÁ"

ENTREVISTA DE DIVALDO FRANCO CONCEDIDA
AO JORNAL "O PARANÁ"


O Paraná: Quais são os fundamentos da Doutrina Espírita?

Divaldo: Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, na introdução da obra básica que se chama "O Livro dos Espíritos", estabelece os itens fundamentais que caracterizam a Doutrina: A crença em Deus; na imortalidade da alma; na comunicabilidade dos Espíritos; na reencarnação; na pluralidade dos mundos habitados e na ética moral apresentada na Doutrina de Jesus, conforme Ele e os Seus apóstolos a viveram nos primórdios do Seu apostolado. Como extensão, o Espiritismo tem como fundamento essencial a prática da caridade, dando-lhe uma abrangência que sai do paternalismo de oferecer coisas ao invés de libertar da miséria. O Espiritismo fundamenta a sua proposta dentro da ciência social. Ao invés de dar esmola, dê trabalho. Ao invés de oferecer o pão habitualmente, dê salário, porque através do salário o indivíduo dignifica-se e liberta-se daquela dependência emocional que o indignifica cada vez mais.

O Paraná: Existem rituais no Espiritismo?
Divaldo: O Espiritismo, inicialmente, é o resultado de uma investigação científica, por isso mesmo dizemos que o Espiritismo é ciência, não uma ciência convencional, porque o material com que labora não obedece às leis das doutrinas físicas. Trabalhando com o espírito imortal, está sempre na dependência das suas reações psicológicas, das suas atitudes emocionais. Essa investigação científica, que é resultado da observação, ofereceu uma visão filosófica, e nessa proposta filosófica, o Espiritismo responde aos quesitos que perturbam o pensamento filosófico. Por efeito, tem uma ética moral. Nessa ética moral surge uma vertente religiosa, não do ponto de vista de uma religião constituída, que se caracteriza por um misticismo, por paramentos, por sacerdócio organizado, pelas expressões seitistas, ou que se permita caracterizar por uma forma ou fórmula de culto externo. É, portanto, uma doutrina destituída de toda e qualquer apresentação visual que tenha por meta impressionar. É uma Doutrina que leva o indivíduo a uma auto-reflexão a respeito da vida e das suas responsabilidades perante a consciência cósmica.

O Paraná: Como o Espiritismo comprova a reencarnação?
Divaldo: Através das experiências de regressão de memória, chamadas ecminésia; das lembranças espontâneas; das revelações mediúnicas e das análises psicológicas da memória extracerebral. Sempre preocupou a psicologia o chamado "déjà vu", em que um indivíduo tem a sensação de já ter visto, de já ter ouvido, de já ter conhecido determinadas coisas. Carl Gustav Jung narrava que, nas suas viagens pela Europa, antes de chegar a determinado lugar, tinha a impressão nítida de que antes houvera estado ali. Conhecia detalhes, hábitos, cultura, e, ao chegar, para sua surpresa, verificava que aquela percepção era verdadeira. Naturalmente, ele teve uma explicação psicanalítica, que parecia concordar com a sua idéia da irradiação mental. Para nós, os espíritas, é uma reminiscência de ocorrências já experimentadas em encarnações anteriores, o que, por dilatação, vem explicar as simpatias, as antipatias, os ódios acendrados, as animosidades entre familiares. Ademais, a reencarnação pode ser constatada, conforme estabeleceu o Dr. Banerjee, parapsicólogo indiano, através, também, de um outro ângulo da chamada memória não cerebral. O conhecimento de idiomas, que a pessoa jamais teve a oportunidade de os estudar; as lembranças de vidas pregressas que fluem espontaneamente, e, ao mesmo tempo, a genialidade precoce. Embora nós acreditemos profundamente nas heranças de natureza genética; nos fenômenos denominados pelo próprio Jung como fenômenos de sincronicidade, em que as coisas acontecem por uma lei de sincronidade, há fatos históricos de crianças que se recordam ou se recordaram de haver vivido antes, ou também de ser possuidoras de um conhecimento que não tem nenhuma explicação, nem genética, nem de natureza psicossocial. Somente a lembrança da reencarnação é que as pode elucidar.

O Paraná: Muitos acreditam no final dos tempos, a partir da virada para o próximo milênio. Como o Espiritismo encara isso?
Divaldo: Como uma superstição. Normalmente, através da história, a mudança de século sempre trouxe, particularmente na idade média, o fantasma do horror. Baseado em que, nessa mudança, a Terra se deslocaria do eixo, haveria uma erupção de epidemias, de terremotos, maremotos, de fenômenos sísmicos e, na virada do milênio, foi ainda mais apavorante, por causa desse mesmo critério supersticioso. Em todo o Evangelho, nos 27 livros que o constituem, não há nenhuma referência ao novo milênio. As observações, a respeito do "fim do mundo", estão no Apocalipse de João, quando ele dirá, através de metáforas e de imagens, de uma concepção de um estado alterado de consciência, que vê a transformação que se operaria na Humanidade. Mais tarde poderíamos colher outros resultados também no chamado sermão profético de Jesus, que está no evangelista Marcos, capítulo 13, versículo 1 e seguintes, quando Jesus saía do templo de Jerusalém e os discípulos, muito emocionados, dizem: - "Senhor, vede que pedras, vede que templo". E Jesus lhes redargue: - "Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada". Foram para o Getsêmani, no Horto das Oliveiras, e ali os amigos disseram: "Conta-nos quais serão os sinais que antecederão a isso". Ele narra uma série de fenômenos que certamente atingiriam a Terra. Aconteceu que, realmente, no ano 70, Tito teve a oportunidade de derrubar o templo de Jerusalém, que não foi mais reerguido, e no ano 150, na segunda diáspora dos hebreus, praticamente Jerusalém foi destituída da Terra, somente voltando a ter cidadania quando a ONU reconheceu o Estado de Israel com os direitos que, aliás, lhe são credenciados e que ele merece. Mas as doutrinas religiosas, com o respeito que nos merecem, que sempre se caracterizaram pelo Deus-temor ao invés do Deus-amor, por manterem as pessoas na ignorância e intimidá-las, ao invés de libertá-las pelo esclarecimento, estabeleceram que o fim do mundo seria desastroso, seria cruel, como se não vivêssemos perpetuamente num mundo desastroso e cruel, cheio de acidentes, de vulcões, de terremotos, de maremotos, de guerras, de pestes, etc. Para nós, espíritas, o fim do mundo será o fim do mundo moral negativo, quando nós iremos combater os adversários piores, que são os que estão dentro de nós: as paixões dissolventes; os atavismos de natureza instintiva agressiva; a crueldade; o egoísmo e, por conseqüência, todos veremos uma mudança da face da Terra, quando nós, cidadãos, nos resolvamos por libertar-nos em definitivo das nossas velhas amarras ao ego e das justificativas por mecanismos de fuga. Então o homem do futuro será um homem mais feliz, sem dúvida. Haverá uma mudança também da justiça social. Haverá justiça social na Terra, porque nós, as criaturas, compreenderemos os nossos direitos, mas acima de tudo, os nossos deveres, deveres esses como fatores decisivos aos nossos direitos. Daí, a nossa visão apocalíptica do fim dos tempos é a visão da transformação moral em que esses tempos de calamidade passarão a ser peças de museu, que o futuro encarará com uma certa compaixão, como nós encaramos períodos do passado que nos inspiram certo repúdio e piedade pela ignorância, então, que vicejava naquelas épocas.

O Paraná: Qual a concepção do Espiritismo sobre o demônio?
Divaldo: A palavra demônio vem de daimon, anjo, espírito tutelar, e ela foi enunciada possivelmente com mais ênfase por Sócrates, que afirmava ser dirigido por um daimon. No caso de Sócrates, era um Espírito tutelar que o defendia do perigo. Mais tarde, traduzida ao latim, ela sofreu uma corruptela, para significar anjo mau, anjo perverso. Nós não temos uma concepção demoníaca de um ser eterno criado por Deus perpetuamente para o mal, que seria o diabo, Lúcifer. Essa dualidade do bem e do mal é uma dualidade psicológica e de colocação filosófica, isto porque o bem é tudo aquilo que nos promove, que nos dá vida, que nos estimula, e o mal é tudo aquilo que nos perturba, que nos impede o crescimento ético e moral. Daí, o demônio é um estado patológico, que está no indivíduo, e não fora dele. Por uma necessidade de afirmação, nós projetamos para fora, mas que está profundamente enraizado no ser. Não obstante, nós acreditamos que os indivíduos maus, primitivos, perversos, que se comprazem na prática do mal, pela sua própria constituição, depois que abandonam o corpo físico, continuam maus e perversos e se comprazem em perturbar as criaturas humanas que com eles se afligem. Daí, para nós, esses Espíritos seriam os demônios, transitoriamente, porque há uma fatalidade, que é o bem, que é a perfeição, que é a libertação de si mesmo.

O Paraná: Qual a diferença dos santos da Igreja Católica e dos Espíritos cultuados pelo Espiritismo?
Divaldo: A Igreja Católica, no seu alogiário, estabeleceu que determinados indivíduos gozam de bem-aventurança. Através de um processo muito bem elaborado pelo Vaticano, pela Santa Sé, é estudada a vida de homens e mulheres abnegados, que deixaram pegadas luminosas. No passado, essa atividade era mais política do que religiosa, o que custava para os países, e ainda custa, uma alta soma em dinheiro para ter o nome dos seus bem-aventurados na lista dos candidatos a santos, a fim de que possam subir aos altares. Acredito que, de início, era uma atitude de muita honestidade para destacar as pessoas nobres, os mártires da fé, os que foram sacrificados. A Idade Média, que foi o grande milênio da ignorância, porque foi quase um milênio de trevas, modificou um pouco e de tal forma que, após o Concílio Ecumênico Vaticano Segundo, a própria Igreja reconheceu que muitos indivíduos que gozavam de beatitude da santificação sequer existiram, como São Jorge, aliás, o guia da Inglaterra; como São Cosme e São Damião, e outros tantos. Nós compreendemos perfeitamente e achamos natural que erros de tal monta hajam acontecido, como a perseguição a Galileu, a perseguição a Joanna d’Arc, a perseguição a Charles Darwin e a outros que, lentamente, a Igreja vem reconhecendo e atualizando dentro dos fundamentos da ciência e da lógica. Para nós, o que os católicos chamam santos são os Espíritos nobres, Espíritos puros. Nós não santificamos a ninguém. Cada um auto-santifica-se, graças ao trabalho de depuração espiritual, de resistência contra o mal, e então, pelos atos que realizou na Terra e pelo bem que continua realizando no Além, nós lhes damos o nome de Espíritos Bons, Anjos da Guarda, Espíritos Benfeitores, Espíritos Guias, que de alguma forma têm a mesma característica, embora não seja necessariamente a mesma coisa.

O Paraná: A canonização, então, seria um ato mais político do que propriamente religioso?
Divaldo: É um ato político-cerimonial, vinculado à uma imposição teológica para destacar os membros que merecem maior consideração do alto clero e daqueles que estão vinculados a essa denominação religiosa. Desejamos deixar bem claro que para nós e respeitável, embora, para nós, não tenha maior significação.

O Paraná: O Papa é intitulado e se auto-intitula o representante de Deus na Terra. Como o Espiritismo vê isso?
Divaldo: Como uma presunção, com todo o respeito que ele nos merece, principalmente um homem nobre, como o Papa João Paulo II, dentre outros igualmente nobres. Jesus disse que a única característica que nos podia tornar conhecidos é de que nos amássemos uns aos outros, e Ele próprio teve ocasião de dizer, ipsis verbis: "O filho do homem não tem uma pedra para reclinar a cabeça, embora as aves do céu tenham seus ninhos e os lobos tenham os seus covis". Ele nasceu em uma manjedoura, num lugar muito modesto, numa gruta. Morreu numa cruz e toda a sua trajetória foi muito simples. Sem nenhuma mística em torno do vulto do homem Jesus, vemos Nele um exemplo de auto-imolação. Então, alguém auto-eleger-se como representante de Deus, estando na sua condição de humanidade, sujeito às vicissitudes da arteriosclerose, das disfunções de natureza enzimática do cérebro - porque os neurônios cerebrais passam por várias transformações, por estados emocionais -, não deixa de ser um salto muito audacioso, porque ao representar Deus, de alguma forma, assume-Lhe a postura. Nós o consideramos o chefe da Igreja, o chefe político, o chefe ideológico, o chefe social, mas um cidadão, embora nobre, igual a qualquer um de nós.

O Paraná: Existia ou ainda existe a chamada "mesa branca" no Espiritismo? Se existe, o Sr. Poderia nos explicar o que significa?
Divaldo: Todas as idéias novas sofrem as interferências das superstições e das colocações ópticas de todos aqueles que aderem. A colocação da palavra, do conceito "mesa branca", tem o atavismo afro-animista, em que os nossos irmãos, quando chegaram ao Brasil, trazendo as suas doutrinas africanistas, viram-se constrangidos a submetê-las ao talante da religião oficial e dominante. Como normalmente os altares eram forrados com toalhas muito brancas, artisticamente trabalhadas, eles procuraram diferenciar as suas realizações de culto em que se encontravam na intimidade das senzalas para adorar a Deus, daquela outra que tinha o altar coberto de toalhas alvas. Quando mais tarde se deram conta da Doutrina Espírita, eles passaram a diferençar entre o culto afro - as reuniões chamadas de roda ou de giro -, e aquelas que seriam mais elevadas, as mesas brancas. No Espiritismo, as nossas mesas são normalmente marrons, porque são envernizadas. Não existem toalhas; não existem adornos; não tem nada que caracterize e também não temos a presunção de que as nossas atividades sejam superiores àquelas que outros realizam em denominações variadas das suas crenças na Umbanda, na Quimbanda. Nós não temos senão o interesse de demonstrar que o Espiritismo está isento de qualquer expressão de culto e de qualquer colocação de natureza seitista. Daí, não existe nenhum ponto de contato entre a mesa branca ou não, não existe este conceito. É nada mais do que uma colocação atávica, de natureza supersticiosa.

O Paraná: O que é médium ou mediunidade?
Divaldo: Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, diz, ipsis verbis: "Todo aquele que sente a presença dos Espíritos em determinado grau, é, por isso mesmo, médium". A palavra médium foi criada por Allan Kardec, utilizando-se do verbete latino, para tipificar aqueles que serão instrumentos dos recursos que facultam a comunicação entre o chamado mundo espiritual e o chamado mundo material. A mediunidade é a faculdade da alma. A alma tem uma disposição que o organismo veste de células, para poder proporcionar um intercâmbio. Médiuns, por extensão, somos todos nós, porque estamos sempre no meio de energias diferentes, que estão em faixas vibratórias as mais distintas. No entanto, existem aqueles que são mais ricos, os chamados médiuns ostensivos, por intermédio de quem os fenômenos são muito mais imperiosos do que os convencionalmente mais sutis. Allan Kardec, então, dividiu esses médiuns em duas classes: aqueles que são os médiuns naturais, e aqueles que são os médiuns de prova; aqueles que são portadores de distúrbios, provocados pelos Espíritos, e aqueles que são dotados de uma faculdade límpida, cristalina. Isso é fácil de entender, porque, genericamente, todos somos seres inteligentes, pelo fato de sermos criaturas humanas. No entanto, existem os super dotados, como Goethe, Einstein, Machado de Assis, e existem aqueloutros, que temos o discernimento, porém muito limitado, embora todos estejamos tecnicamente como pessoas inteligentes. Daí, a mediunidade é a faculdade da alma que o corpo veste de células para o fenômeno, e ser médium é ter a capacidade de captar ondas, vibrações transpessoais que sejam transmitidas pelos Espíritos encarnados ou desencarnados.

O Paraná: E a mediunidade só pode ser lapidada através do Espiritismo?
Divaldo: Seria, de certo modo, uma presunção de nossa parte achar que é só através. A metodologia, hoje, mais eficaz, é dada pelo Espiritismo, que se especializou. Não obstante, uma pessoa que se moralize, em qualquer lugar; uma pessoa que se autodescubra; uma pessoa que faça uma viagem psicológica interior, forrada de bons propósitos, pode muito bem apurar as suas faculdades psíquicas; entrar em contato com o mundo espiritual com muita facilidade. Por exemplo, Francisco de Assis. Ele era médium, porque ele era interexistente. Ele estava entre os dois mundos, o material e o espiritual, e o seu caráter cristalino fez com que ele se tornasse o maior êmulo de Jesus, o seu verdadeiro copilador. Emet Fox, um dos homens notáveis deste século, que é um livre pensador evangélico admirável, entre as suas muitas obras escreveu "O Sermão da Montanha", atualizando o pensamento de Jesus. Ele era um caráter diamantino que sintonizava com o psiquismo divino. E as suas obras, embora sejam de sua lavra cultural, são portadoras de uma mensagem transcendental extraordinária - de alguma forma, portanto, médium direto. Não obstante, quando se tem distúrbios psíquicos acentuados, na mediunidade de prova atormentada, o Espiritismo possui a melhor metodologia, porque oferece o estudo do sistema nervoso; os riscos da mediunidade; as técnicas de identificação daqueles que por ele se comunicam, e, ademais, demonstra a imensa gama de fenômenos de que ele é objeto, convidando-o a especializar-se nesta ou naquela modulação.

O Paraná: Qual a mensagem que o Sr. deixa aos leitores de O Paraná?
Divaldo: "O ser humano vem conquistando espaço. Amplia-se o horizonte cósmico. A cada dia ele descobre a grandiosidade do infinito. As sondas espaciais trouxeram informações dantes jamais sonhadas. Os microscópios eletrônicos adentraram-se nas micropartículas, e quando o ser humano acreditou que estava com todas as respostas, ele desperta para constatar que está cheio de dúvidas. A ciência trouxe-lhe um número enorme de equações, aparentemente solucionadas. Mas, neste momento, existem mais de duzentas interrogações intrigantes para a ciência: Por que existe o Universo? Como o Universo auto fez-se? Fala-se do "Big-Bang", de que as partículas estavam condensadas e explodiram, mas isto já é um efeito. Como surgiram as partículas? Do nada. Qual é a força do nada? No campo da biologia as interrogações são ainda mais perturbadoras: como é que a célula inicial, o neuroblasto, ao dividir-se, pode apresentar células específicas para as cartilagens ou para o nervo ótico; para o neurônio cerebral ou para os cabelos; para a pele ou para a elasticidade cardíaca? Por que em um determinado momento a célula do dedo pára de crescer, ao invés de prosseguir ininterruptamente, como caberia à unha? A ciência dá-se conta, através dos seus mais eminentes investigadores, que este é um momento de perguntas: Por que existe a noite? Qualquer um de nós dirá: porque o Sol está ;do outro lado. Muito bem! E os bilhões de estrelas muito mais poderosas do que o Sol? Por que não iluminam a noite? Será que estão tão distantes que a sua luz ainda não chegou à Terra? Então, a engenharia genética, tentando copiar a natureza através dos clones e de outros inventos, ameaça o homem de respostas aberrantes. Mas, qual a solução? A viagem para dento. A criatura humana ainda não teve a coragem de autopenetrar-se. Faz uma viagem numa bólide espacial, mas tem medo de se autodescobrir. Quando o indivíduo fizer a viagem para dentro e perguntar-se "quem sou eu?" "por que estou aqui?", "qual é o objetivo essencial da minha vida?", a ciência lhe dará o contributo intelectual, mas ele descobrirá os valores morais, que servirão de ponte para endossar bem a ciência e encontrar-se consigo mesmo, o que equivale dizer com seu deus interno. Então, nossa mensagem de paz seria esta: Em qualquer conjuntura, seja você, caro amigo leitor, quem ame. Se não o amarem, se o martirizarem, se o afligirem, sem nenhum masoquismo, continue amando. Aquele que nos não compreende está de mal consigo mesmo. Nós, que já descobrimos a vida, somos como o Sol guardado numa lâmpada. E é necessário fazer com que a lâmpada que nos envolve seja transparente, para que a nossa luz, saia, não devendo permitir que o envoltório seja fosco e deixe nossa luz retira. Então, que sejamos nós aqueles que amamos e que não desistamos nunca. É verdade que aparentemente há prevalência do mal e dos maus. Há a dominação dos arbitrários, mas é transitória. A futura árvore tem que vencer a casca da semente, o sol a lustro, as pragas, as intempéries para poder perpetuar a espécie. Então, vale a pena amar porque quando nós amamos nós saímos da amargura que nos deram para participar da alegria que nós vamos dar".

Esta foi uma mensagem do Espírito Joanna de Ângelis para todos nós.