Jesus e a sua trajetória de luz na terra.

Jesus e a sua trajetória de luz na terra.
Ninguém vai ao Pai senão por mim. João 14,6

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O CONSOLADOR

O CONSOLADOR

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 292 - 23 de Dezembro de 2012
OSWALDO COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com

Serrinha, BA (Brasil)
 

Natal com Jesus

Indubitavelmente, o Natal com Jesus deve ser apresentado aos homens como uma data em que a criatura humana possa fazer uma reflexão profunda em relação aos verdadeiros valores da vida. Estar com Jesus neste período natalino é oportunidade de crescimento e redenção para todos que almejam participar do seu psiquismo cósmico.
Os Espíritos superiores chegam a afirmar que nestes dias em que a Terra vive as expectativas do Natal os emissários dos céus se aproximam do planeta para aproveitarem a vibração psíquica do orbe terráqueo, que se encontra temporariamente modificada, em face das maviosas e singelas energias de Jesus, que nesse período se aproxima do planeta. Daí advém o fato de as pessoas se sentirem esperançosas, em clima de paz e de felicidade, porque o Mestre está nos presenteando com a sua presença divina.
Imaginemos a nossa felicidade de estar sendo visitado pelo Espírito mais perfeito que Deus ofereceu ao mundo como modelo e guia!... Aproveitemos o máximo que pudermos nesses dias em que o amigo divino nos convida para o seu banquete celestial. Por isso é natural que as pessoas sintam-se mais amorosas, mais gentis, mais humildes, porque Jesus está visitando a sua amada Terra e, concomitantemente, somos convidados a contribuir e participar do Natal com Jesus na figura dos pequeninos, dos pobres, dos sofredores...
É necessário esquecermos o materialismo que nos impõe compras e mais compras, o que muitas vezes nos afastam do verdadeiro sentido do Natal, que é minimizar a fome, a dor, a miséria, a incompreensão nos corações alheios que ainda vibram na maldade e na vingança.
O Natal com Jesus é espalhar o amor, é espalhar a paz, a misericórdia e o perdão!
Esqueçamos os ouropéis enganosos do mundo e meditemos que o Natal com Jesus deve viger em todos os dias das nossas existências, porque ele, o Cordeiro de Deus, não teve uma pedra para colocar a cabeça e nós os espíritas cristãos, que encontramos na doutrina espírita a revivescência do cristianismo primitivo, temos de vivenciar o Natal na forma mais pulcra, na forma mais simples, lembrando as mensagens apostólicas da primeira hora que convidam a todos para o banquete celestial, em que só entrarão os que forem simples e humildes de coração.
Daí a nossa responsabilidade de compreender que com a companhia amorosa de Jesus conseguiremos vencer todas as dificuldades na vida, porque ele nos dará forças para superá-las, eis que asseverou que não nos deixaria órfãos e, exatamente por isso, diligenciou para que viesse o Consolador a fim de  relembrar tudo que o Mestre disse.
Por isso, queridos irmãos de fé cristã, todos em uníssono, busquemos neste Natal vivenciar na íntegra os ensinamentos de Jesus, procurando ajudar os que sofrem, procurando servir, procurando amar, sendo gentil, sendo dúctil, para que o nosso Natal seja repleto de paz, de amor, de luz e de esperança, e que no ano que se inicia possamos juntos colocar a charrua da fé e da caridade como nosso ideal maior.
 


 


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita

sábado, 28 de julho de 2012

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 271 - 29 de Julho de 2012
OSWALDO COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com

Serrinha, BA (Brasil)
 
Vozes vos clamam, irmãos. Nada perece. Jesus Cristo é
o vencedor do mal!

A mensagem dos Espíritos bondosos sempre esteve presente em nossas vidas, e o seu auxílio sempre foi o roteiro seguro de iluminação. As suas inspirações nos incentivam para a continuação da nossa jornada, que deve ser sempre pautada e direcionada para o caminho do bem, desenvolvendo sempre ações nobres que dignificam o Espírito na sua marcha evolutiva.              
Quando a mensagem redentora de Jesus surgiu no orbe terráqueo, muitos que estavam acostumados com os prazeres temporais ficaram aturdidos, por não entenderem o conteúdo grandioso da sua mensagem.
Viviam o primitivismo animal, estavam acostumados aos ouropéis que o mundo ofertava. Negligenciaram a sua mensagem por não compreenderem o sentido sublime que os ensinamentos traziam de renovação moral da criatura humana. Eram lobos que esperavam sempre lobos, não sabiam conviver com o amor, com a bondade, com o perdão, com a caridade.
Esperavam, por dezenas de séculos, um legislador sanguinário que fizesse justiça às injunções perturbadoras que aquele povo sofria. Imaginavam que também deveriam ferir a ferro os seus inimigos, assim vingando-se das dores sofridas.
Esperavam sempre a traição, viviam esperando uma taça de vinho que poderia estar envenenada ou uma punhalada para que outro viesse a ocupar o seu lugar.
Realmente, eram lobos à espera de lobos, devido às competições desajustadas de bajuladores que queriam sempre esta, em posição de destaque, para poderem sorver sempre as migalhas que caíam das mesas dos seus senhores.
Era o estágio moral degradante em que se banqueteavam na busca infrene do prazer temporal. Viviam jugulados ao crime, às orgias degradantes do sexo e do álcool ensurdecedor. Eram verdadeiros chacais temporariamente ligados aos prazeres que os Césares proporcionavam a seus contumazes.
Esta era a situação dolorosa daquele povo que não soube compreender a era de renovação; não conseguiu entender que o convívio com Jesus era a oportunidade divina que a vida lhes concedia: pisar no mesmo solo árido que Jesus pisou, sentir o seu bálsamo plenificador que era capaz de sanar todas as misérias da alma. Mas eles não o quiseram, rejeitaram-no.
Como o amor é o hálito mantenedor da vida, a providência divina espera que esses mesmos Espíritos retornem em corpos novos, novas experiências, novas oportunidades de reajuste íntimo e psíquico no caminho da iluminação.
Passam alguns séculos.
O Cristo, como prometera, manda outro Consolador para que fique eternamente conosco.
Eis que surge a Doutrina Espírita como sendo a mensagem viva de Jesus, e o Espírito de Verdade volta a dizer: Vozes vos clamam, irmãos, nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal. Assim, todos nós temos obrigação de destruir as nossas barreiras psíquicas inferiores e ir ao seu encontro nas regiões sublimes e eternas do espaço.


 


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Em Louvor da Verdade

Em Louvor da Verdade

... relevai-nos a sugestão de trabalho, embora rogueis a luz sem esforço.



... o Espiritismo que indaga simplesmente deu lugar, há muito tempo, ao Espiritismo que estende os braços.



...atravessais verdadeira floresta, onde os caminhos de volta ao campo da Luz Divina parecem intransitáveis.

Pensamentos de egoísmo, de incompreensão, de discórdia, vaidade e orgulho se entrechocam, à maneira de projéteis invisíveis ao redor de vossa personalidade, e se faz imperiosa a coragem para os óbices multiplicados não nos vençam os labores recíprocos.



...efetivamente, a vossa procura é nobre e edificante.

... bem-aventurados aqueles que demandam a verdade e que anseiam por passagem libertadora no rumo da claridade eterna!



...não comeceis o empreendimento da própria iluminação, ao modo de um homem que iniciasse a construção de uma casa pelo teto.

...soletrai, antes de tudo, o alfabeto da bondade.

Sem as primeiras letras do amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.



... é indispensável abrir o coração, vaso destinado às sementes do Céu, convertendo-nos em instrumentos do bem ativo e incessante.



...não iluminaremos a mente sem purificar os olhos, tanto quanto ninguém alcança o discipulado do Senhor, sem mobilizar as mãos na obra redentora da terra.



...encetemos a reestruturação dos próprios destinos, compreendendo-nos mutuamente.

...que lição recolheremos na visita de benfeitores que residem à distância, se não aprendemos a fraternidade primária com o próximo?



...ouçamos a mensagem das necessidades que nos cercam.

Há dor e ignorância, treva e indiferença, na estrada em que pisais: estendamos, através dela, o nosso sentimento cristão, imitando o lavrador que não desampara a terra lodosa do charco.



...não esperemos o paraíso, quando ainda nem mesmo auxiliamos no trato do chão que operamos.



...espíritos endividados, perante a Bondade Divina que nos deu ouvidos para registrar os ensinamentos da vida, olhos para surpreender a luz, braços para erguer o castelo de nossa própria felicidade e recursos imensos para dilatarmos o nosso próprio engrandecimento espiritual, guardemos a fé, servindo e auxiliando, corrigindo a nós mesmos e amando a todos, em louvor da verdade.



...nossa vida é um campo aberto.

Nosso coração é uma fonte.

Cada um de nossos atos é mensagem viva.

Que nossa alma se afeiçoe ao bem supremo, sob a inspiração de Jesus, a fim de que o mundo se transforme em Seu Reino.




Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 24 de abril de 2012

A Felicidade Não É Deste Mundo

A Felicidade Não É Deste Mundo

Todos nós desejamos encontrar a felicidade um dia, mas para realizarmos  essa vontade ou esse desejo, é necessário trabalharmos  os valores pertinentes ao espírito.  Achamos que a felicidade é desfrutarmos unicamente dos bens  materiais que estamos vendo ou pegando, haja vista que vivemos presos as posses imaginando que ser feliz é juntar tesouro material  sobre a terra.

É importante observar que temos que desenvolver a capacidade de enxergar a vida por outro prisma, visto que  temos uma visão pequena   sobre as questoes espirituais. Se não trabalharmos o desapego material enquanto estamos na estrada,  ficaremos atrasados por nossa  própria culpa, visto que o Mestre Jesus nos chama atenção dizendo  para cada um de nós trabalharmos as questões espirituais que são perenes , eternas e duradoras. Se não fizermos isso, ficaremos presos as posses por não entendermos a proposta do Cristo, quando Ele disse para nós não juntarmos tesouros na terra e sim no Céu. Jesus  nos chama atenção para cada um de nós darmos  o devido valor aos bens espirituais que são eternos do que aos bens materiais que são passageiros.

Através da  Doutrina Espírita  encontramos as respostas e a chave para a felicidade futura que tanto o Evangelho Segundo Espiritismo fala em sua obra. É a partir deste capítulo intitulado a vida futura, que buscamos entender de maneira racional a possibilidade de vivermos outras experiências referente  a  vida espiritual , deixando claro que todos nós temos várias existências para evoluirmos espiritualmente e trabalharmos os desapegos até chegarmos a perfeição. Por isso temos que acreditar e compreender nas explicações racionais que a Doutrina Espírita nos fala. Então Como não acreditarmos nas vidas sucessivas para vencermos os desapegos? Como não acreditarmos nessas possibilidades educativas através da reencarnação para melhoramos os nossos defeitos? Como ficaria a vida, os atos , os  acertos  e os desacertos dos seres humanos, se acreditássemos em uma única existência? Será que a vida só teria sentido se  buscarmos unicamente as coisas materiais em detrimento dos valores espirituais? Será que o único objetivo do homem na terra é juntar bens materiais ?

Tudo isso ficaria sem explicação e sem nexo se  admitirmos uma única existência,   todos viveriam focados unicamente para a atual encarnação, buscando obter tudo de maneira desorganizada  correndo contra o tempo para obter cada vez mais recursos materiais. A sociedade ficaria desorganizada e não teria regras definidas. Cada um poderia criar suas próprias regras sabendo que não existiria mais,  muitos irmãos faria de tudo para desfrutar a vida como se  Ela fosse a última, não haveria mais razão para sonhar e para viver .Muitos irmãos lutariam para cada vez mais  juntar tesouros na terra passando por cima dos mais fracos justificando que a vida é pra ser vivida. Com o advento da Doutrina Espírita tudo isso muda de sentido, a partir dos seus postulados temos a ciência e a certeza da continuidade das existências, ficamos  por dentro de tudo que diz respeito às múltiplas possibilidades de crescimento espiritual e das experiências que ainda temos que passar para evoluirmos. Por isso, na Doutrina Espírita  seremos convidados a estudar as problemáticas humanas de um ponto de vista racional, estruturando os nossos pensamentos a partir da lógica e da razão.

Portanto, a Doutrina Espírita nos mostrará que a felicidade não é deste Mundo quando coloca para a humanidade que a verdadeira felicidade se encontra no mundo espiritual e não na terra. Ela coloca que na terra vivemos momentos felizes mas não são duradouros e eternos. por que segundo o Livro Dos Espíritos a terra é uma pálida visão do mundo espiritual. Podemos começar a construir a nossa felicidade aqui na terra mas sabedores de que a verdadeira felicidade está ou se encontra no mundo  espiritual que é a nossa verdadeira morada.

Artigo: Marco Antonio Pinho

quarta-feira, 14 de março de 2012

Há 28 anos, desencarnava Yvonne Pereira

Há 28 anos, desencarnava Yvonne Pereira PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Eliana Ferrer Haddad   
Ter, 13 de Março de 2012 13:47
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Yvonne do Amaral Pereira, ou simplesmente D. Yvonne, nasceu em 24 de dezembro de 1900 e desencarnou no dia 9 de março de 1984, aos 83 anos.
Nascida em berço espírita, foi por volta dos quatro ou cinco anos de idade que os primeiros sinais da mediunidade começaram a se apresentar, sobretudo a vidência e a audiência. A partir dessas faculdades, não apenas participava ativamente da vida espiritual, como também, e principalmente, percebia, sentia e se alegrava com a presença de dois espíritos que lhe eram muito caros ao coração: Charles e Roberto de Canallejas, ambos presentes em diversas de suas obras, como Nas voragens do pecado, O cavaleiro de Numiers e O drama da Bretanha, animando personagens de dramas que desembocaram na sua atual encarnação.

O contato com a realidade invisível, aliado aos impactos que a prática de dois suicídios produziu em seu perispírito, predispuseram Yvonne à recordação espontânea de vidas passadas, faculdade que a acompanhou desde os primeiros anos até a desencarnação. Tal fenômeno trouxe muitos problemas para sua vida, haja vista que, em criança, tinha dificuldades para aceitar a família da atual existência, fixada como se encontrava ao passado e à lembrança dos seus insucessos.
“É preciso resgatar a importância da obra de Yvonne Pereira, não somente como uma das mais notáveis médiuns de que se têm notícias, cuja vida e obra têm influenciado gerações de espíritas desde a década de 1950, quando seus primeiros livros psicografados foram sendo lançados, como revelar a boa literatura, com fidelidade ao estilo dos espíritos comunicantes e um característico rigor doutrinário”, adverte o médium, escritor e pesquisador  Pedro Camilo, biógrafo de Yvonne Pereira, ao enaltecer ter sido a médium intermediária dos espíritos Bezerra de Menezes, Charles, Camilo Castelo Branco e Léon Tolstoi, em obras que, na atualidade, continuam encantando e distribuindo consolações.
Também recordou que, no campo dos fenômenos mediúnicos,Yvonne apresentava as mediunidades receitista, curadora, psicofonia, desdobramento, psicometria e premonição, essas três últimas de natureza anímica, mas também passíveis de utilização por parte dos Espíritos.
Embora se tenha imortalizado pelas obras psicografadas, cujo maior símbolo é o livro Memórias de um suicida, ditado pelo espírito Camilo Castelo Branco, destacou-se também por ser especialista no atendimento de espíritos suicidas, bem como nos quesitos obsessão e desobsessão, tendo atuado nessa tarefa, durante toda a existência, assistida sobretudo por Bezerra de Menezes e por espíritos de indígenas, como se depreende do livro Dramas da obsessão, ditado pelo Médico dos Pobres à sua psicografia.bezerra_2
Além dos já citados livros, também deixou: Amor e ódio, do espírito Charles; A tragédia de Santa Maria, do espírito Bezerra de Menezes; Ressurreição e vida, do espírito Léon Tolstoi; Sublimação, reunindo contos dos espíritos Charles e Tolstoi. Há ainda os relatos auto-biográficos em Devassando o invisível e Recordações da mediunidade. Após sua desencarnação, foram ainda publicados Um caso de reencarnação – eu e Roberto de Canallejas, À luz do Consolador, Cânticos do coração, Pelos caminhos da mediunidade serena, reunião de entrevistas concedidas pela médium, onde conta detalhes de sua vida e de sua mediunidade, publicada, no ano de 2006, em comemoração ao cinquentenário de lançamento do livro Memórias de um suicida.
Em Nas telas do infinito, sua primeira obra mediúnica a ser publicada, em meados da década de 1950, apresentou a médium ao Movimento Espírita, até então, conforme suas próprias palavras, “uma ilustre desconhecida”, apesar de sua dedicação à mediunidade e à psicografia, em especial, datar de meados da década de 1920.
pedro_camiloA obra é composta por duas novelas: Uma história triste, ditada por Bezerra de Menezes em 1928, que foi unida a O tesouro do castelo, novela de Camilo Castelo Branco, tendo sido publicada pela FEB em 1955.
Segundo Pedro Camilo, um dos pontos mais marcantes do livro é o relato dos fatos mediúnicos acontecidos com ela para a recepção das narrativas, como o seu desprendimento do corpo e as peripécias realizadas ao lado de Bezerra de Menezes e Camilo Castelo Branco.
Francisco Cândido Xavier chegou a tecer elogios à fidelidade ao estilo do Dr. Bezerra, que lhe parecia inconfundível, o médium mineiro afirmava, com convicção, que a afinidade existente entre Yvonne e Dr. Bezerra somente poderia se justificar da seguinte forma: em outra existência, ambos teriam sido pai e filha. Yvonne foi a jovem Ruth-Carolina, Bezerra de Menezes foi seu pai.





 

Espiritismo com a profundidade que ele merece

Espiritismo com a profundidade que ele merece PDF Imprimir E-mail
Escrito por Izabel Vitusso   
Sex, 10 de Fevereiro de 2012 17:04
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suely-caldas-schubert
Com quatorze livros publicados, a oradora mineira de Carangola, Suely Caldas Schubert, está entre as mais requisitadas no meio espírita para proferir palestras, principalmente quando o assunto diz respeito à mediunidade. Sua experiência em reuniões de desobsessão já soma mais de 50 anos. Além dos livros publicados e palestras, no Brasil e no exterior, Suely participa da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, instituição por ela fundada há 26 anos, em Juiz de Fora, cidade em que reside. Sua vinda a São Paulo motivou-nos à realização desta interessante entrevista, publicada na nova edição do jornal Correio Fraterno.
Suely, você sempra aborda com bastante propriedade sobre o tema mediunidade e há bastante tempo. Há algum fato que a levou a se interessar acentuadamente pelo tema?
Não sei precisar quando comecei a me interessar pelo tema mediunidade, creio que desde sempre. É uma certeza que trago na minha vida, assim como a própria doutrina, que está acima de qualquer coisa para mim. É prioridade mesmo.
Vivemos tempos diferentes do movimento espírita vivido por nossos pais e avós. A impressão que se tem é que muitas pessoas chegam às casas espíritas e permanecem num superficial ‘consumo’ do espiritismo. Estamos preparados para essa demanda?
Cabe-nos propiciar a essas pessoas os temas mais sérios acerca do espiritismo, saindo-se um pouco dessa ideia de fazer o povo rir, ou só de autoajuda. Claro que não sou contra a abordagem que se refere à autoajuda, ela tem muito valor, principalmente quando fundamentada nos esclarecimentos doutrinários, mas a doutrina é profunda e apresenta os assuntos magnos que afetam e avassalam os seres humanos, evidenciando como enfrentá-los, especialmente a partir do conhecimento da reencarnação, da lei de ação e reação e a proposta da transformação moral à luz dos ensinos de Jesus.
Fala-se pouco hoje na casa espírita sobre a auto-obsessão, tema que você aborda tão bem em sua obra. Quais os cuidados que se deve ter?
A casa espírita necessita ter em suas equipes pessoas conhecedoras da doutrina e conhecedoras dos assuntos relacionados à obsessão, caso deseje manter atendimento nessa área. Vejo, todavia, que isso é raro nos dias atuais. E, quando tem esses trabalhadores, logo inventam tantas novidades, muitas delas esquisitas, sem o menor fundamento doutrinário, que me preocupam os rumos do nosso movimento. E, no entanto, o espiritismo é simples, embora profundo, mas é assim mesmo, as coisas grandiosas e belas são simples, claras, luminosas. Revejam Kardec, meditem, observem a simplicidade que permeia o trabalho de Chico Xavier, Yvonne Pereira, Divaldo Franco: nada de modismos, de práticas estranhas, bizarras até algumas delas, hoje lançadas por centros espíritas que desejam atrair adeptos e vão inventando estas coisas. Não falo isto criticando, falo carinhosamente. Devemos amar a doutrina espírita e amarmo-nos uns aos outros.
É cada vez maior o número de pessoas com quadro de depressão. Isso quer dizer que a obsessão, interferência espiritual, está aumentando?
Quanto à depressão, levemos em conta o aumento proporcional ao aumento da população e, é claro, aos assédios espirituais negativos, porque as pessoas estão muito materialistas, priorizando a vida física, os prazeres, que buscam avidamente, sem ética, sem respeito a si mesmo e ao próximo, sem Deus em suas vidas, afinal é esse quadro mundial que vemos acontecer em nossos tempos. O que falta é o ser humano conscientizar-se de que é um espírito imortal e que a vida verdadeira é a espiritual, esta, a vida física, é uma breve passagem, impermanente e muito breve diante da imortalidade que nos é própria.
Ontem, espiritismo com missionário, expoentes: Chico, Eurípedes, Bezerra, Batuíra etc, Hoje já caminhamos com mais maturidade no movimento espírita, sem a necessidade da ‘tutela’, de líderes espirituais expressivos como eles?
Em verdade, esses vultos nunca tutelaram ninguém; os missionários se sobressaem pelos exemplos que transmitem para os demais. Não fazem alarde de si mesmos, são humildes, doam-se e, mesmo sem procurar notoriedade acabam por se destacar, então pessoas passam a admirá-los e muitos, não raramente, a endeusá-los. Creio que isto é natural. Quem não admira e ama dr. Bezerra? Eu digo que ele é uma unanimidade nacional. Mas vemos isto em outras áreas. São os ídolos que o povo elege e que às vezes não passam bons exemplos. Quanto à maturidade do movimento espírita, vamos caminhando...
Você tem acompanhado em Juiz de Fora-MG amigos nossos realizando pesquisas científicas sobre a mediunidade, em âmbito inclusive internacional. Como analisa esse momento do espiritismo nas academias?
Gosto muito quando tomo conhecimento das pesquisas científicas, feitas com seriedade, por pessoas competentes. São necessárias, no momento atual. Cito aqui o dr. Alexander Moreira, nosso amigo, e a equipe com a qual ele trabalha, pois realizam pesquisas importantes. Ele é de Juiz de Fora, médico psiquiatra e eminente professor na Universidade Federal de nossa cidade e faz parte de importante grupo de cientistas de várias nacionalidades, todos voltados para o mesmo objetivo.
O espiritismo tem hoje nos eventos e palestras um dos seus principais meios de divulgação. O que acha disso?
Creio que é uma forma bastante positiva de divulgar a doutrina, especialmente quando os eventos são realizados em locais de acesso ao público em geral. Programas de TV e de rádio alcançam grande audiência e sei, por experiência própria, porque participo de um programa, na Rede BOA NOVA, Mediunidade, caminho para ser feliz, há dez anos, juntamente com nosso amigo, José Maria de Medeiros Souza. Em minhas viagens, por todo o país, para proferir palestras e seminários, fico surpresa com o carinho das pessoas que dizem assistir ao programa, que me abraçam e dão seus depoimentos sobre assuntos que abordamos, enfim, é gratificante. O mesmo ocorre com o programa Transição, que também tem grande audiência. Ressalto a importância dos congressos, que atraem grandes públicos, alguns reunindo dez, quinze mil pessoas.
O Brasil, no passado, foi beneficiado pela cultura dos povos europeus, na corrente imigratória. Hoje somos nós, brasileiros, que levamos as ideias espíritas para o exterior. Como você avalia essa dinâmica?
Como uma grandiosa programação espiritual. Com referência ao advento do espiritismo, sabemos que isto se daria na França, celeiro, à época, da cultura mundial, o que propiciaria ao professor Rivail, Allan Kardec, o ambiente adequado para que a promessa do Consolador, feita por Jesus, ali se concretizasse. Essa é a dinâmica da vida, que abre horizontes novos para todos. Mas os princípios espíritas estão sendo disseminados por toda parte e aí vemos a confirmação da resposta dos Espíritos à questão 798 de O livro dos espíritos. Não temos aí filmes, livros, pesquisas, com temáticas espíritas?
O mercado editorial espírita nunca esteve tão produtivo, com uma diversidade de temas e abordagens por diversos autores. Isso ajuda ou atrapalha? Por quê?
Depende do conteúdo dessas obras. Pode ajudar sim, mas também, em certos casos, algumas obras antidoutrinárias confundem, alguns livros são ditados por espíritos pseudossábios, então é necessário muito estudo. Ele é imprescindível, além disso, Kardec recomenda tudo submeter ao crivo da razão e observarmos a universalidade do ensino dos espíritos. Em caso de dúvida, ele recomenda seguir o critério da maioria, conforme a introdução 2 de O evangelho segundo o espiritismo. Mas acima de tudo lembremo-nos da recomendação do Espírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.” (O evangelho segundo o espiritismo, cap. 6)



Meimei: Vida e Mensagem

Meimei: Vida e Mensagem


Os leitores das obras de Chico Xavier já conhecem Meimei por meio das tantas mensagens psicografadas pelo médium no decorrer de sua vida. Meimei é venerada no país inteiro, levando seu nome a lares, abrigos e creches. Mas, quem foi Meimei quando encarnada? Conheça melhor a mineira Irma de Castro Rocha pelos relatos de Arnaldo Rocha, seu marido e do próprio Chico Xavier. “(..) ambos, ele na Terra e ela na vida espiritual, são meus verdadeiros benfeitores” relatou Chico numa carta.

terça-feira, 6 de março de 2012

O Perispírito: Arquivo da alma

Matéria publicada na Revista Internacional de Espiritismo

O Perispírito: Arquivo da alma

Autor: Oswaldo Coutinho


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Apóstolo Paulo

Amor tudo sofre,
tudo crê,
tudo espera,
tudo suporta,
o amor jamais acaba.
Apóstolo Paulo

Poema da Gratidão

Poema da Gratidão

Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dás,
Pelo pão que nos deste,
Pela roupa que nos veste,
Pela alegria que possuímos,
Por tudo de que nos nutrimos

Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
Pelas aves que voam no céu de anil
Pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,
Que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor

Ante o majestoso festival de cor
Da generosa Natureza!
E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre coração!

Eu sei que depois desta vida,
Além da morte,
Voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
Pelos ouvidos que me foram dados por Deus.

Obrigada, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar
Obrigada pelos ouvidos que registram:
A sinfonia da vida,
No trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
As lágrimas doridas do mundo inteiro
E a voz longínqua do cancioneiro...

E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Sei que em Teu reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.

Mas também pela voz que ama,
Pela voz que canta,
Pela voz que ajuda,
Pela voz que socorre,
Pela voz que ensina,
Pela voz que ilumina...

E pela voz que fala de amor,
Obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles
Que perderam o Dom de falar
E o Teu nome não podem pronunciar!...

Os que vivem atormentados na afasia
E não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles
Sabendo, porém, que mais tarde,
No Teu Reino voltarão a falar.

Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas
Alavancas da ação, do progresso, da redenção
Agradeço pela mãos que acenam aeus'>deuses,
Pelas mãos que fazem ternura,
E que socorrem na amargura;
Pelas mãos que acarinham,
Pelas mãos que elaboram as leis
Pelas mãos que cicatrizam feridas
Retificando as carnes sofridas
Balsamizando as dores de muitas vidas!

Pelas mãos que trabalham o solo,
Que amparam o sofrimento e estancam lágrimas,
Pelas mãos que ajudam os que sofrem,
Os que padecem...

Pelas mãos que brilham nestes traços,
Como estrelas sublimes fulgindo meus braços!
... E pelos pés que me levam a marchar, erecta, firme a caminhar; pés da renúncia que seguem
humildes e nobres sem reclamar.

E os que estão amputados, os aleijados,
Os feridos e os deformados,
Os que estão retidos na expiação
Por ilusões doutra encarnação,
Eu rogo por eles e posso afirmar

Que no Teu Reino, após a lida
Dolorosa da vida,
Hão de poder bailar
E em transportes sublimes outros braços afagar...
Sei que a Ti tudo é possível
Mesmo o que ao mundo parece impossível!

Obrigada, Senhor, pelo meu lar,
O recanto de paz ou escola de amor,
A mansão de glória.
Obriga, Senhor, pelo amor que eu tenho
E pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer
Nem o lar tiver
Ou teto amigo para me aconchegar
Nem outro abrigo para me confortar,
Se eu não possuir nada,
Senão as estradas e as estrelas do céu,
Como leito de repouso e o suave lençol,
E ao meu lado ninguém existir, vivendo
E chorando, sozinha, ao léu...

Sem alguém para me consolar
Direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor,
Porque Te amo e sei que me amas,
Porque me deste a vida
Jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque creio em Ti.

... E porque me socorres com amor,
Hoje e sempre,
Obrigada, Senhor!

Superioridade moral da natureza de Jesus

Crônicas e Artigos
Ano 5 - N° 247 - 12 de Fevereiro de 2012
OSWALDO COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com

Serrinha, BA (Brasil)
 
Superioridade moral da natureza de Jesus

A vida de Jesus foi uma epopéia de luz. Os seus feitos, os seus ensinamentos jamais foram vistos em toda a história da humanidade. A sua presença facultava ao planeta a oportunidade sublime de redenção espiritual, a sua mensagem continua a embalar os corações dos homens no decorrer dos séculos, o seu amor continua sendo o referencial de luz para a humanidade, os seus ensinamentos são a maior oportunidade de o Espírito eterno, viajor do tempo e do espaço, conhecer a verdade, as bem-aventuranças são a maior canção que a humanidade pôde ouvir saindo dos lábios sublimes do Nazareno, que soube como ninguém percorrer as distâncias espirituais para semear na Terra a mensagem da Boa Nova.
Que homem é esse que soube implantar nos corações dos homens a mensagem do amor, do perdão, da caridade e da misericórdia, como mecanismo divino que a Providência nos concede como meio de conseguir a nossa evolução?!
Ah! Jesus amado! Tem paciência com as nossas imperfeições milenares, porque muitas vezes não soubemos aproveitar o teu convite e hoje, Senhor, somos convidados a recomeçar o caminho através de erros e acertos, construindo a nossa evolução.
Tem piedade, Jesus, por nós sofredores que muitas vezes vivemos no báratro das ilusões mundanas, preferindo o ouro de César e rejeitando a tua mensagem de felicidade.
Muitas vezes, Senhor, equivocados no caminho a seguir causamos a guerra e destruímos lares por ganância ao poder.
Oh! Jesus! Tem piedade de nós e nos socorre como socorreste o mancebo rico que preferira os ouropéis enganosos que o mundo oferece, em detrimento da tua mensagem renovadora.
Socorre-nos, Senhor, na figura do paralítico de Cafarnaum que teve a oportunidade de encontrar-se contigo numa linda tarde, às  margens do lago de Genesaré, ouvindo as onomatopéias e o chilrear dos pássaros, e sentir o teu majestoso olhar, sendo beneficiado por teu magnetismo que reconstituiu suas carnes dilaceradas.
Amado Jesus, sê por nós neste momento de transição planetária em que o planeta amado passa por transformações sucessivas em busca de sua regeneração.
Fortalece, Senhor, os Espíritos que estão sendo convidados a deixar o planeta em evolução, sublima-os de sentimentos bondosos para que possam um dia, Senhor, retornar ao planeta, já recuperados de suas imperfeições morais, e aos Espíritos bondosos que virão, Senhor, dá-lhes força, luz e a estrela guia para que possam se fortalecer para a luta do caminho.
Assim, Jesus amado, nós só temos que suplicar a tua assistência amorosa para as nossas vidas e para todos, Senhor, que estão mergulhados neste véu carnal e também estão em luta para a sua redenção.
Muito obrigado, amigo divino! Que o teu amor fique incrustado em toda a esfera terrestre para que o homem consiga um dia participar do reino de amor, quando então estaremos todos nós usando a túnica nupcial que significa simplicidade e pureza de coração.
Assim, Jesus, com a certeza da tua presença e da presença dos Espíritos bondosos que te auxiliam, entregamos nossas vidas em tuas mãos para que possa nos dirigir com segurança em busca da nossa plenitude, da nossa felicidade, da nossa paz.


 


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita
 

Manoel Philomeno de Miranda

Manoel Philomeno de Miranda
Há 121 anos nascia, em Jangada, município do Conde, Estado da Bahia, o discípulo fiel da seara de Jesus, Manoel Philomeno de Miranda.
Conheceu o Espiritismo através do médium Saturnino Favila, em 1914. Por essa época conheceu José Petitinga, estabelecendo relações com ele, ao mesmo tempo em que começava a freqüentar as sessões da União Espírita Baiana que havia sido recentemente fundada, em 1915.
Discípulo de José Petitinga, tinha a mesma maneira especial de tratar e doutrinar os assistentes das sessões da “União”, sempre baseadas num magistral versículo evangélico.
Desde 1918 Miranda participava assiduamente das sessões, interessado superiormente nos assuntos doutrinários do Espiritismo e um dos mais firmes adeptos dos seus ensinos.
Fez parte da diretoria da União Espírita Baiana desde 1921 até o dia da sua desencarnação, em 14 de julho de 1942. Também presidia as sessões mediúnicas e trabalhos do Grupo Fraternidade. Durante esse longo período Miranda foi um baluarte do Espiritismo. Onde estivesse, aí estaria a doutrina e sua propaganda exercida com proficiência de um douto, um abnegado.
Delicado no trato, mas heróico na luta. Publicou, sem o seu nome, as obras “Resenha do Espiritismo na Bahia” e “Excertos que justificam o Espiritismo”, além do opúsculo “Porque sou Espírita” em resposta ao Pe. Huberto Rohden.
Sofrendo do coração, subia as escadas a fim de não faltar às sessões, sorrindo e sempre animado.
Queria extinguir-se no seu cumprimento. Sentia imensa alegria em dar os seus dias ao serviço do Cristo.
Sobre as suas últimas palavras, assim escreve A M. Cardoso e Silva: “Agora sim! Não vou porque não posso mais.Estou satisfeito porque cumpri o meu dever. Fiz o que pude... o que me foi possível. Tome conta dos trabalhos, conforme já determinei.”
Era antevéspera da sua desencarnação.
Querido de quantos o conheceram - porque quem o conhecia não podia deixar de amá-lo -, até o último instante demonstrou a firmeza da tranqüilidade dos justos, proclamando e testemunhando a grandeza imortal da Doutrina Espírita.
Divaldo Pereira Franco nos conta como iniciou seu relacionamento com o amoroso Benfeitor, conforme relato no livro Semeador de Estrelas, da escritora e médium Suely Caldas Schubert: “No ano de 1950 Chico Xavier psicografou para mim uma mensagem ditada pelo Espírito José Petitinga e no próximo encontro uma outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.
( ... ) “No ano de 1970 apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão. “Quando chegou ao Mundo Espiritual foi estudar em mais profundidade as alienações por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.
( ... ) “Convidado por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e pesquisas e elaborando trabalhos que mais tarde iria enfeixar em livros. “Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu intermédio. “Levou-me a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali, mostrou-me como eram realizadas as experiências de prolongamento da vida física através da transfusão de energia utilizando-se do perispírito. “Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente, para facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever “Nos Bastidores da Obsessão”, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de desobsessão.
( ... ) “Na visita que Manoel Philomeno me permitiu fazer à Colônia em que ele se hospedava, levou-me a uma curiosa biblioteca. Mostrou-me como são arquivados os trabalhos gráficos que se fazem na Terra. Disse-me que, quando um escritor ou um médium, seja quem for, escreve algo que beneficia a Humanidade - no caso do escritor - é um profissional, mas, o que ele produz é edificante, nessa biblioteca fica inscrito, com um tipo de letra bem característico, traduzindo a nobreza do seu conteúdo. À medida que a mente, aqui, no planeta, vai elaborando, simultaneamente vai plasmando lá, nesses fichários muito sensíveis, que captam a onda mental e tudo imprimem.
“Quando a pessoa escreve por ideal e não é remunerado, ao se abrirem esses livros, as letras adquirem relevo e são de uma forma muito agradável à vista, tendo uma peculiar luminosidade. Se a pessoa, porém, o faz por ideal e estando num momento difícil, sofrido, mas ainda assim escreve com beleza, esquecendo-se de si mesma, para ajudar a sociedade, a criatura humana, ao abrir-se o livro, as letras adquirem uma vibração musical e se transformam em verdadeiros cantos, em que a pessoa ouve, vê e capta os registros psíquicos de quando o autor estava elaborando a tese. “O oposto também é verdadeiro.
( ... ) “Eis porque vale a pena, quando estamos desalentados e sofridos, não desanimarmos e continuarmos as nossas tarefas, o que lhes dá um valor muito maior. Porque o trabalho diletante, o desportivo, o do prazer, já tem, na própria ação, a sua gratificação, enquanto o de sacrifício e de sofrimento exige a abnegação da pessoa, o esforço, a renúncia e, acima de tudo, a tenacidade, para tornar real algo que gostaria que acontecesse, embora o esteja realizando por entre dores e lágrimas.”
Fonte :“Projeto Manoel P. de Miranda - Reuniões Mediúnicas”
- Dados Biográficos e “O Semeador de Estrelas”, de Suely Caldas Schubert, cap. 12 - ambos da Editora LEAL.