Jesus e a sua trajetória de luz na terra.

Jesus e a sua trajetória de luz na terra.
Ninguém vai ao Pai senão por mim. João 14,6

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tempo de Natal

 Tempo de Natal

Senhor Jesus!...
Ante o Natal
Que nos refaz na Terra o mais formoso dia,
Somos gratos a todos os irmãos,
Que te festejam,
Entrelaçando as mãos
Nas obras do progresso.

Vimos também trazer-te a nossa gratidão
Pela fé que acendeste
Em nosso coração.
Mas, se posso, Jesus, desejo expor-te
O meu pedido de Natal;
Falando de progresso, rogo-te, se possível,
Guiar os homens e as mulheres,
Sejam de qualquer nível,
Para que inventem, onde estejam,
Novos computadores
Que consigam contar
As crianças que vagam nos caminhos,
Sem apoio e sem lar,
E os doentes cansados e sozinhos,
Presos no espaço de ninguém,
Para que se lhes dê todo o amparo do Bem.
Auxilia, Senhor, a humana inteligência
A fabricar foguetes
Dentro de segurança que não erra,
Que possam transportar remédio,
alimento e socorro,
Onde a dor apareça atribulando a Terra.
Que o mundo te receba as bênçãos naturais
Doando mais amor aos animais,
Que nunca desampare as árvores amigas,
Não envenene os ares,
Nem tisne as fontes, nem polua os mares,
Que o ódio seja, enfim, esquecido, de todo,
Que a guerra seja posta nos museus,
Que em todos nós impere o imenso
amor de Deus.
Que o teu Natal se estenda ao mundo inteiro
E que, pensando em teu amor,
De cada amanhecer
Que todos resolvamos a fazer
Um dia novo de Natal...
E que, encontrando alguém,
Possamos repetir, tocados de alegria,
De paz, amor e luz:
Companheiro, bom dia,
Hoje também é dia de Jesus.

Maria Dolores
(Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 25 de setembro de 1982, em Uberaba - MG)

Com Jesus

Com Jesus

A renúncia será um previlégio para você.
*
O sofrimento glorificará sua vida.
*
A prova dilatará seus poderes.
*
O trabalho constituirá título de confiança em seu caminho.
*
O sacrifício sublimará seus impulsos.
*
A enfermidade do corpo será remédio salutar para a sua alma.
*
A calúnia lhe honrará a tarefa.
*
A perseguição será motivo para que você abençoe a muitos.
*
A angústia purificará suas esperanças.
*
O mal convocará seu espírito à prática do bem.
*
O ódio desafiar-lhe-á o coração aos testemunhos de amor.
*
A Terra, com os seus contrastes e renovações incessantes, representará bendita escola de aprimoramento individual, em cujas lições purificadoras deixará você o egoísmo para sempre esmagado.
* * *
Xavier, Francisco Candido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PALESTRA: “O ESPÍRITA E O PRECONCEITO”

PALESTRA: “O ESPÍRITA E O PRECONCEITO”
Palestrante: Antonio Cesar Francisco (Toninho) do Centro Espírita Amor Cristão
Programação: Apresentações Musicais; Palestra; Sorteio de Livros; e, Confraternização.
Data: 24 de setembro de 2011 (sábado)
Horário: 19h30min
Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos)
Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba

O Filme dos Espíritos

LEMBRETE MUITO IMPORTANTE:
Daqui a aproximadamente um mês, você tem um compromisso. Ir, com sua família ao cinema. Assistir “O Filme dos Espíritos”. Não se esqueça: é importante ir nos dias 7, ou 8 ou 9 de outubro de 2011. Vamos lotar as salas de cinema que esteja exibindo “O Filme dos Espíritos”. Além de se divertir e ver o que realmente é o espiritismo.
É uma oportunidade para conhecer e reafirmar os conceitos da Doutrina Espírita. Além disso você ajudará as Casas André Luiz, de São Paulo, que atende, gratuitamente, pessoas deficientes de todo o Brasil.
Para saber mais sobre o filme, acesse o site:
http://www.ofilmedosespiritos.com.br/home.html e, em especial o site:
http://www.ofilmedosespiritos.com.br/videos11.html

domingo, 13 de novembro de 2011

Mensagem para os congressitas



Mensagem aos Congressistas da Bahia e do Brasil

Caros congressistas as luzes deste evento foram acesas primeiramente na espiritualidade superior, para que de lá pudésseis iluminar as consciências de todos que aqui vierem com o intuito de participarem conosco deste evento que constitui a mensagem de Jesus na terra, que ainda clama em dores e sofrimentos.Nós os espíritos que ainda temos compromissos com o orbe terráqueo e que mourejamos também no processo de evolução, estamos todos juntos no ideal de unificação.
    Assim como os apóstolos que encontraram o Mestre na linda tarde no lago de genesaré, nós hoje somos convidados a vivenciar a figura desses mesmos apóstolos mergulhados no mar da imortalidade da alma, do amor, e da misericórdia de Jesus.
   Os amigos espirituais que assumiram compromissos com a codificação aqui se fazem presentes:Viana de Carvalho, Eurípedes Barsanulfo,Cairbar Shutel, Herculano Pires, todos unidos com vibrações sublimes para que o XIV Congresso Espírita da Bahia possa ser na integra a mensagem abençoada de Jesus.
     Na  certeza de que o alto se faz presente sempre e que a nossa vitoria final será repleta de bênçãos e luzes em nome do Cristo o filho do Deus vivo.

Espírito Meimei, através do Médium Oswaldo Coutinho
05/11/2011   

Congresso Espírita da Bahia


sábado, 29 de outubro de 2011

“A Doutrina Espírita é o farol redentor que iluminará nossa estrada”



 

Oswaldo Coutinho:

“A Doutrina Espírita é o farol redentor que iluminará
nossa estrada”


O confrade baiano, autor do livro Artigos de Luz, fala sobre o movimento espírita no Sertão da Bahia e as perspectivas
do XIV Congresso Espírita da Bahia
O confrade Oswaldo Coutinho (foto), nascido em Serrinha-BA, onde reside, bacharelando em Serviço Social e trabalhador do Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade, situado na mesma cidade, vem desenvolvendo intensa atividade no campo dos estudos doutrinários e da divulgação espírita.
Na presente entrevista, ele nos fala sobre sua experiência na divulgação do Espiritismo na região sisaleira e sobre o XIV Congresso Espírita da Bahia, que se realizará em novembro tendo por tema central “O Primado do Espírito”.

Como se tornou espírita? 
Nasci em uma família espírita, em que recebi as primeiras noções básicas na evangelização infantil, havendo depois passado por todos os ciclos dentro da casa espírita. 
Como surgiu o Espiritismo no Sertão da Bahia? 
No início do século XX nasceu na fazenda Retiro, que é um pequeno povoado do município de Biritinga, Bahia, um jovem de nome Lourival da Silva Lima, que aos dezessete anos começou seu desenvolvimento mediúnico na área da vidência, da clarividência e da clariaudiência, quando passou a receber a assistência de um Espírito superior denominado Irmão Estrela. Este o convocou para a instauração do Evangelho do nosso senhor Jesus Cristo no Sertão da Bahia. Na sequência, o Espírito Irmão Estrela, por intermédio da psicofonia de Lourival, convidou um grupo a se reunir na cidade de Serrinha-BA para estudar o Pentateuco Kardequiano. Dentre os que compunham esse grupo destacamos: Aristóteles Damasceno Peixinho, Tenente Melo, Sr. Profeta, Sr. Limeirinha, Sr. Felipe Mira, os quais fundaram na data de 3 de outubro de 1946 o Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade. 
Como anda o movimento espírita em Serrinha? 
O movimento espírita em Serrinha está muito bem fortalecido nas bases kardequianas e a doutrina espírita é bem vista na sociedade serrinhense. O momento é, pois, de muita felicidade e satisfação em ver o Centro consolidado nas bases de Jesus e Kardec. 
Que atividades são realizadas no Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade? 
Temos atividades diversas na casa espírita: exposições doutrinárias, atendimento fraterno, reuniões mediúnicas, campanha do quilo e, ainda, o Departamento Assistencial Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, que realiza atendimento a dezenas de mulheres grávidas, trabalho esse que reúne várias senhoras que, em trabalho voluntário, se doam para bordar, costurar, e preparar enxovais para os bebês que se preparam para vir ao mundo. 
Como vai a divulgação da Doutrina Espírita no Sertão Baiano? 
Esse trabalho vai muito bem. No meu caso pessoal, sempre que convidado, viajamos a algumas cidades vizinhas para ministrar seminários e proferir palestras, fortalecendo desse modo a mensagem de Jesus na Terra. Também atuamos na divulgação por meio de artigos publicados em revistas e jornais como O Imortal, O Consolador, o Jornal Espírita de Uberaba e o jornal espírita Correio Fraterno. Enviamos também artigos para essas cidades por intermédio da internet, como uma forma adicional de divulgação. Temos, ainda, participado de forma efetiva do Conselho Regional (CR06), que vem realizando bom trabalho na divulgação da Doutrina Espírita. 
Qual a sua proposta ao escrever o livro Artigos de Luz? 
Artigos de Luz é uma proposta que minha amiga e mentora espiritual Maria da Glória me inspirou para que escrevêssemos algo a respeito dos valores nobres da vida e também de passagens da vida de Jesus, como forma de contribuir para a transformação moral do planeta. A partir daí, sempre que sentimos sua presença e captamos seus pensamentos, transcrevemo-los por meio da psicografia consciente, para posterior publicação. 
Em seu modo de ver, qual deve ser a atitude dos dirigentes espíritas relativamente a essa enxurrada de obras mediúnicas de origem duvidosa que têm infestado o mercado de publicações espíritas nos últimos anos? 
O dirigente espírita tem que realizar sempre uma análise criteriosa. Não podemos ignorar as diretrizes seguras de Jesus e Kardec expostas em obras respeitáveis como, por exemplo, os livros de Emmanuel, André Luiz, Yvonne do Amaral Pereira e Divaldo Franco.  
Quais as expectativas para o XIV Congresso Espírita da Bahia, programado para os dias 3 a 6 de novembro próximo? 
As expectativas são as melhores possíveis. O tema central – O Primado do Espírito – escolhido pela equipe juntamente com o diretor-presidente, Dr. André Luiz Peixinho, foi de muita felicidade porque nos convida a pensarmo-nos como Espíritos que ora estagiamos em um corpo físico para logo mais voltarmos às nossas origens espirituais.  
Quais as presenças confirmadas no Congresso? 
Divaldo Pereira Franco, Alberto Almeida, Ruth Brasil Mesquita, André Luiz Peixinho, Marcel Mariano e muitos outros. 
Suas palavras finais. 
Gostaríamos de agradecer a oportunidade de dizer que Jesus é a nossa meta a seguir e a alcançar e que a Doutrina Espírita é o farol redentor que iluminará nossa estrada. Lembramos, por fim, que todos nós temos compromissos assumidos com o Mestre, pelo qual devemos procurar cada vez mais nossa plenitude e nossa edificação em busca da grande luz.





http://www.oconsolador.com.br/ano5/233/entrevista.html

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Entrevista com Haroldo Dutra Dias

Entrevista com Haroldo Dutra Dias PDF Imprimir E-mail
Confira entrevista com Haroldo Dutra, tradutor de O Novo Testamento, o mais novo lançamento da Edicei, editora do Conselho Espírita Internacional.
Pensando e integralmente executado em língua portuguesa, o projeto se distingue pela riqueza de suas notas. Expressões idiomáticas, palavras enigmáticas, tradições religiosas, questões culturais e históricas, são abordadas de forma direta e sucinta, favorecendo o entendimento do texto.

O objetivo da obra é transportar o leitor ao cenário no qual Jesus viveu, agiu e ensinou, a fim de que escute suas palavras e seus ensinamentos como se fosse um morador daquela região.

 
Como surgiu o desejo de fazer esse projeto?

O projeto surgiu quando trabalhávamos com Honório Abreu e Marta Antunes, na apostila do EADE da FEB, intitulada Parábolas e Ensinos de Jesus. A dificuldade em encontrar uma tradução que pudesse ser indicada, sem grandes ressalvas, nos motivou a produzir um material isento e aberto a aprimoramentos. Uma espécie de obra aberta sujeita a críticas, sugestões, e aperfeiçoamentos contínuos.

Lidar com momentos tão remotos da história acaba por ser uma aventura, levando em conta que ao longo dos anos muito é  perdido ou até mesmo modificado, e isso se agrava ainda mais quando falamos de religião. Como foi o processo de compilação e análise para chegar ao resultado final do livro?

Na verdade a compilação do material já dura aproximadamente vinte anos. Ao longo deste tempo, formamos uma ampla biblioteca de pesquisa bíblica, incluindo o Novo Testamento e a Bíblica Hebraica, com cerca de 4.000 livros.
O acervo conta com livros especializados em diversos assuntos, tais como língua grega, hebraica e aramaica, manuscritos, arqueologia, crítica textual, teologia, comentários, mapas, tradição judaica (Talmud, Midraxe), entre outros. É um campo enorme de pesquisa que apenas se inicia com a publicação dessa tradução.

O mercado editorial conta com inúmeras publicações do novo testamento, disponibilizados ao grande público pelos mais variados prismas de entendimento. O que você diria ser o grande diferencial dessa nova tradução para aqueles que se interessam em estudar ou entender melhor o novo testamento?

O grande diferencial dessa tradução é o fato de adotar um ponto de vista literário. Os textos são traduzidos com rigor literário, ou seja, valorizando-se os aspectos linguísticos, culturais (costumes, tradições, literatura) do povo que viveu na Palestina ao tempo do Cristo.
Nesse sentido, ganha relevo as notas de pé de página, que pretendem desenvolver e explicar essas questões acima referidas, todas elas presentes no Texto do Novo Testamento. 

Na introdução do livro você comenta em alguns pontos o caráter “areligioso”, por assim dizer, dessa nova tradução. Você poderia comentar um pouco mais esse aspecto da obra?

Exatamente por adotar um ponto de vista literário, essa tradução evita adentrar em aspectos teológicos ou dogmáticos, conquanto tenhamos enorme respeito a todas as religiões e teologias.
O objetivo é oferecer ao leitor um texto o mais isento possível, deixando a ele a liberdade de interpretação do conteúdo. Isso equivale a dizer que não impomos nosso ponto de vista espírita a ninguém. Sabemos que neutralidade absoluta é uma utopia, mas buscamos de forma sincera o máximo de isenção.

Você  também fala sobre o caráter que essa nova tradução tem de transportar o leitor ao cenário no qual Jesus viveu e pregou, o que isso representa de ganho na hora de sentar e ler essa nova edição?
Quando alguém assiste a um filme de época, é naturalmente transportado para o ambiente retratado na tela. De modo semelhante, ao ler essa tradução, o leitor é conduzido ao ambiente no qual Jesus viveu, habituando-se a pensar como um Galileu do primeiro século.Sem esse deslocamento, fica difícil entender certas passagens dos Evangelhos e torna-se praticamente impossível apreender o caráter geral do Novo Testamento.
Como salienta o espírito André Luiz "a rigor, a verdade não necessita de palavras para traduzi-la", mas considerando que Jesus exemplificou e ensinou em determinada época, em um contexto cultural bem definido, é conveniente aprender algo a respeito, se quisermos penetrar na essência da sua mensagem de verdade e amor.

O que diria aos leitores que estão nesse momento com os seus exemplares em mãos, prestes a iniciar a leitura dessa nova tradução do novo testamento?

A leitura do Novo Testamento é uma experiência transformadora, quando feita com sinceridade e abertura de alma. Espero que essa tradução facilite esse processo de leitura, permitindo a todos o contato íntimo com a figura amorosa do Mestre Galileu.   
Entrevista com Haroldo Dutra
Entrevista concedida a Bruno Maranhão, em 29/10/2010, publicado no site http://www.intercei.com/pt/boletim.html

 

sábado, 8 de outubro de 2011

Ecologia na obra de Chico Xavier

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Escrito por André Trigueiro   
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amazoniaAo longo de 92 anos de existência, Francisco Cândido Xavier testemunhou a mais impressionante transformação já ocorrida na História da humanidade num intervalo de tempo tão curto. Em 1910, quando Chico nasceu na pequena Pedro Leopoldo (MG), o mundo somava pouco mais de um bilhão de habitantes que se concentravam no meio rural (o Brasil tinha apenas 24 milhões de habitantes), e as expressões “meio ambiente” e “desenvolvimento sustentável” sequer existiam, como também inexistia “legislação ambiental”. Desenvolvimento era sinônimo de fumaça. Progresso não combinava com a proteção dos recursos naturais.
Chico foi contemporâneo de um século em que a humanidade se descobriu ameaçada pela própria Humanidade, com a destruição sistemática dos recursos naturais não renováveis fundamentais à vida. A industrialização acelerada e caótica, a produção monumental de lixo, o desaparecimento da água doce e limpa em estado natural, a destruição das florestas, a desertificação do solo, a transgenia irresponsável se somam a tantos outros efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento que foi descrito na Rio 92 como “ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto”.
Através da mediunidade de Chico Xavier, os espíritos André Luiz e Emmanuel – especialmente estes – nos ajudaram a compreender a complexidade do sistema Terra e a necessidade de melhor cuidarmos de nossa casa planetária muito antes desse modelo de desenvolvimento começar a ser questionado. Em A caminho da luz, publicado em 1938, Emmanuel confirma as diferentes etapas da constituição física do planeta sob os cuidados de uma “comunidade de espíritos puros e eleitos pelo Senhor Supremo do universo”, dos quais se destaca a figura excelsa de Jesus. A obra revela como as forças da natureza, assim comumente denominadas, constituíam um imenso laboratório cósmico onde espíritos de luz determinavam as melhores condições para o aparecimento da vida na Terra.
No programa Pinga-Fogo, exibido em julho de 1971 na TV Tupi, Chico adverte para o poder que a Humanidade possui para “modificar a criação de Deus”, e assevera que “nós nos encontramos no limiar de uma era extraordinária, se nos mostrarmos capacitados coletivamente a recebê-la com a dignidade devida”. Era um chamamento à responsabilidade. Não basta mudar a realidade que nos cerca, é preciso fazê-lo com ética, discernimento e respeito à vida.
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Se a Ecologia nos ensina a enxergar sistemicamente, ou seja, a perceber que todos os fenômenos do universo são interligados, interdependentes e interagem o tempo inteiro, Chico eternizou este ensinamento em vários textos psicografados. É o caso do livro Ideal espírita (1963), quando André Luiz nos lembra dos ensinamentos contidos na simples observação dos fenômenos naturais. “Retiremos dos cenários naturais as lições indispensáveis à vida. Somos interdependentes. Não viveremos em paz sem construir a paz dos outros”. Hoje sabemos – e os exemplos saltam aos olhos em várias partes do mundo – que a escassez de recursos naturais precipita cenários de disputas, conflitos e guerras. Não por outra razão, em duas oportunidades distintas, o Prêmio Nobel da Paz foi conferido a ambientalistas ou instituições comprometidas com o meio ambiente: em 2004 para a queniana Wangari Maathai, e em 2007 para o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, juntamente com o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU).
Chico praticava uma relação de equilíbrio e o uso sustentável dos recursos muito antes do “ecologicamente correto” ganhar prestígio. Nos tempos difíceis de Pedro Leopoldo, “Chico preenchia as páginas em branco com textos assinados por seu guia, passava a limpo os originais, datilografava tudo na máquina emprestada pelo patrão e apagava o que tinha sido escrito a lápis para reaproveitar o papel”, como informa um de seus biógrafos, Marcel Souto Maior. O primeiro encontro com seu guia e mentor espiritual, Emmanuel, se deu justamente no açude de Pedro Leopoldo, um refúgio natural para o jovem médium, que buscava ali a trégua necessária para as muitas atribulações do dia a dia.
Décadas depois, já em Uberaba, instituiu as reuniões doutrinárias à sombra do abacateiro, sempre aos sábados, às duas da tarde. Sem o formalismo que tanto o incomodava, Chico buscava debaixo da árvore frondosa o ambiente propício para reuniões mais alegres e descontraídas, junto à multidão sedenta de atenção e amparo.
Também em Uberaba, Chico cuidava com especial desvelo de sua roseira. Para ele, não eram apenas flores, mas um autêntico cinturão balsâmico de que a espiritualidade se utilizava para diversos trabalhos de cura e revitalização dos frequentadores da instituição. Eram também companheiras de jornada, com quem ele conversava e exibia com orgulho paterno para seus visitantes.
O legado de Chico Xavier para a melhor compreensão de nossas relações com o meio ambiente – tanto no plano material como no campo sutil – está longe de ser totalmente compreendido. A obra deste grande médium nos descortina novos e amplos horizontes de investigação que nos revelam como a evolução da Humanidade passa impreterivelmente pela nossa capacidade de percebermos o quanto o meio ambiente começa no meio da gente.
 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O ESPÍRITA CRISTÃO NO MUNDO ATUAL

O ESPÍRITA CRISTÃO NO MUNDO ATUAL




Filhos e filhas do coração!
As nobres conquistas da Ciência ergueram a criatura humana ao elevado patamar da inteligência.
A tecnologia de ponta alargou-lhe os horizontes no macro e no microcosmo.
É necessário, no entanto, que o ser humano, deslumbrado pelas conquistas de fora, não esqueça das conquistas sublimes do seu mundo interior.
A sociedade voluptuosa avança esmagando as outras culturas através das denominações nacionais.
Armado para a beligerância o mundo confirma fronteiras e, a cada momento estouram rebeliões.
Aqueles que conhecemos Jesus, no entanto, deveremos respeitar as fronteiras geográficas, sim, mas, considerar as fronteiras espirituais e nos integrarmos no trabalho do amanho da terra do sentimento, através da abnegação e do amor.
Não mais interrogações injustificáveis a respeito da volúpia e do prazer transitórios.
Chega o momento do amadurecimento interno, enriquecedor, para que realmente a felicidade permaneça em nosso mundo íntimo ajudando-nos a entesourar os dons que prosseguem eternamente.
Vossos guias espirituais ouvem os vossos apelos. Recebem as vossas súplicas e vêm, pressurosos, atender-vos. Nada obstante, muitas vezes, enclausurados na revolta, no ressentimento não lhes permitis a comunicação ideal para as soluções de que tendes necessidade.
Dulcificai-vos, abrandai esses impulsos estimulados pelas propostas da mídia desvairada, compadecendo-vos das vítimas, sem vos esquecerdes dos algozes.
Quando alguém delinqüe cometendo um crime, às vezes, hediondo, e a fúria se vos instala, desejando linchamento, morte, justiça, considerai que o perverso é profundamente infeliz, que o sicário de vidas é um doente interno, no qual predomina a herança primitiva da barbárie.
Como podiam os carrascos nazistas matar no campo de concentração e, chegar em casa sorridentes, afetuosos, bons esposos e bons pais?
Essa fragmentação da psique fazia que uma área do cérebro lhes desse a visão de estarem agindo corretamente, tanto nas câmaras de extermínio, nas experiências científicas perversas, como no doce aconchego da família.
Foi para fortalecer o anjo que existe em nós que Jesus veio.
Não permitamos que esse anjo se debilite ante os impactos das circunstâncias perturbadoras do momento.
A Sua proposta é de que tenhamos vida e vida em abundância.Vida em abundância é Amor!
Nunca será demasiado repetirmos a necessidade do Amor na construção do ser novo que se dirige para Deus.
Médiuns, que todos somos – do Bem ou das aflições; da Verdade ou da ignomínia - busquemos a sintonia perfeita com Jesus e nos entreguemos às Suas mãos, porque, na condição de Pastor de Misericórdia, guiar-nos-á no Seu rebanho ao aprisco da paz.
Que Deus vos abençoe, meus filhos.
É o que vos deseja, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.


Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao término da conferência pública realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de agosto de 2 008

Artigo em homenagem aos 4 anos da revista espírita o Consolador




Artigo em homenagem aos 4 anos da revista espírita o  consolador

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai
e ele vos enviará outro Consolador a fim de que fique eternamente convosco;
- O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o
vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós conhecê-lo-eis, porque
ficará convosco e estará em vós." (João, XIV, 15-26)
A revista espírita o Consolador que vem revivendo os ensinamentos de Jesus na terra através de uma leitura sublime proporciona oportunidade de conhecimentos profundos a respeito da vida, da vida espiritual , da imortalidade da alma , da reencarnação da comunicabilidade dos espíritos  da oportunidade de evolução do espírito  viajor dos espaços.  Por isso quando se completa 04 anos de existência luminifera os espíritos envolvidos na tarefa redentora  providenciam que os trabalhos sejam  aumentados para que novos vôos possam ser alcançados no sentido de divulgar a boa nova o evangelho de nosso senhor Jesus Cristo. Nesse desiderato sublime todos aqueles pequenos trabalhadores do plano físico tem uma responsabilidade importantíssima que é fidelidade a Jesus e a  Kardec. Neste sentindo buscando sempre nos exemplos dignificar a mensagem do mestre . Assim lutemos contra todas as dificuldades do caminho cientes de que as dificuldades são meios de incentivo para  crescermos pois o  mestre asseverou entrai pela porta estreita porque as renuncias serão muitas pois a porta larga é a da perdição automaticamente ligada aos prazeres efêmeros e temporários  , assim continuemos firmes nesse ideal que é de Jesus ele o mestre está no comando nos outros somos pequenos trabalhadores lutando para participar do seu banquete celestial , assim construamos  nossa túnica nupcial que é representada pela simplicidade e pureza de coração,que é conseguida através de  trabalho árduo no bem , trabalho esse de amor  de paz , consolação ,de esperança para todas as pessoas que lutam para está nesse fluido renovador que promana  do Cristo . Com certeza o espírito de verdade e os espíritos superiores que são as vozes dos céus que trabalharam na codificação espírita e continuam trabalhando pela divulgação da doutrina espírita nos cinco continentes  do planeta estão felizes por ver a revista da frutos, ver a revista crescer como sol de esperanças nas almas o consolador é como  aquela semente que caiu em terra boa e dava frutos , um a cem , outro a sessenta e outro a trinta, Matheus cap.XIII 3 a 9. Por isso que nesta data todos nos só poderíamos dizer  muito obrigado revista o consolador por semear  a mensagem de Jesus na terra.

Oswaldo Coutinho



sábado, 24 de setembro de 2011

Amália Domingos Soler


Amália Domingos Soler (1835-1909) reencarnou na Andaluzia, região da Espanha, que tinha estado sob o domínio árabe quando da invasão moura à Península Ibérica.
Os sacrifícios dela exigido quando era criança foram muitos. Antes de nascer ficou órfã de pai, depois teve problemas com a visão logo após o parto, recuperou-se após três meses de vida. Por todas estas dificuldades a sua mãe tornou se uma amiga inseparável. Ao perdê-la, mudou para Madri e lá passou por enormes dificuldades financeiras. Sua vista ficou mais debilitada por conta de esforços com o sérvio de costureira e com a escrita de suas poesias (escrevera seus primeiros versos aos dezoitos anos de idade). Sua procura por reposta que explicassem seu sofrimento a levou a conhecer o periódico espírita El Critério. Iniciava a partir daí a sua missão como divulgadora da Doutrina espírita. Em seguida, uma poesia sua foi incluída na publicação espírita La Revelación. Logo teve o artigo La Fé espiritista publicado pelo El Critério, em 1872. O trabalho funcionou como sua apresentação aos espíritas de Madri que aos poucos a receberam em seus grupos de estudos. Mudou-se para Barcelona em 1876, o convite de um grupo de espíritas daquela cidade conhecido como Circulo La Buena Nueva. Lá ela tornou a apresentar problemas com a visão, ficando quase cega, mas recebeu o amparo de seus confrades e permaneceu a divulgar o Espiritismo. Conheceu Miguel Vives y Vives, falaremos dele no capitulo que recebeu uma mensagem da mãe de Amália. A seguir conheceu o médium Eudaldo Pagés y Comas (? -?), que com ela trabalhou na consecução de sua obra maior Memórias de Padre Germam (Memórias do Padre Germano). O padre mencionado era o seu orientador espiritual, o livro foi publicado em 1880.
Amália foi chamada para defender o espiritismo contra os ataques efetuados pelo orador católico Vicente de Manterola (? -?), realizada por meio do jornal Gaceta de Cataluña.
Em 1879, por insistência de seu e protetor material Luis Llach (? -?), presidente do Círculo l Buena Nueva, ela dirigiu o primeiro numero do periódico espírita La Luz Del Porvenir, mas a publicação foi denunciada pelas autoridades eclesiásticas e sua tiragem ficou suspensa por longo período. Neste intervalo ela publicou outro periódico, El Eco De La Verdade, que também foi denunciado, mas terminou por não receber punição.
Em 1889, o jornal La Luz Del Porvenir, que está sendo novamente publicado, teve de ser encerrado em virtude de questões financeiras. Tal fato não abalou sua vontade e ela continuou escrevendo e remetendo suas obras para o México, Cuba, Itália, Venezuela e Argentina. Como o desencarne de seu amigo e protetor Luis Llach, seguido por Eudaldo Pagés y Comas, que auxiliava em suas obras, ela foi se sentindo esgotada ate o seu desencarne em 29 de abril de 1.909. Deixou uma maravilhosa obra de divulgação espírita que até os dias de hoje sensibiliza corações que estão em busca da verdade espiritual.

Fonte:Capitulo 17, terceira parte, os pesquisadores da mediunidade I – múltipla mediunidade, A mediunidade na história humana: surgimento do espiritismo e os pesquisadores da mediunidade I(volume 3), Licurgo S de Lacerda, Araguari MG, Minas Editora.
Imagem: Google



Memórias do Padre Germano
Sinopse
A Federação Espírita Brasileira (FEB) está relançando Memórias do Padre Germano, um dos mais belos romances psicografados é um clássico da literatura espírita. Ditado à médium espanhola Amália Domingo Soler pelo Espírito do padre que dá título à obra, Memórias do Padre Germano é um livro comovente, que mostra como os sentimentos de justiça e de amor ao próximo, quando elevados ao máximo, podem ajudar as criaturas a refazerem seus caminhos. Padre Germano é um exemplo de amor. Espiritualizado, calejado por experiências que lhe feriram o coração sensível, é um sacerdote diferente, que não gosta de ouvir os fiéis em confissão, pois se da conta da extensão da maldade humana; e, nas suas meditações, questiona em silêncio as razões do celibato e da clausura. Em sua tarefa de pastor de almas, não se recusa a orientar criminosos arrependidos, almas atormentadas pela culpa e jovens apaixonados. Um homem cuja grandeza espiritual o colocou a frente de seu tempo. Sem compactuar com os que buscavam o poder material, sofreu pressões e foi alvo de desconfianças e humilhações. Preferiu administrar a paróquia de uma longínqua e obscura aldeia, onde cuidou dos enfermos, das crianças, dos dóceis e dos rebeldes. Na solidão do campo, foi feliz cultivando a simplicidade dos dias que se passavam entre leituras, reflexões, lembranças do rosto da mulher amada, passeios com suas crianças e a companhia de um cão amigo, Sultão. Cada capítulo do livro narra um episódio da vida desse sacerdote tão diferente. Histórias que, ao se juntarem, revelam a grandeza de uma alma que conduziu outras tantas a Deus.
Livro tradicional que muitos espíritas não conhecem. Vale a pena, lindo, interessantíssimo. Veja o modo como foi produzido. Amália Domingo Sóler diz, no seu prefácio, que as Memórias do Padre Germano começaram a ser publicada a 29 de abril de 1880 no jornal espírita “A Luz do Porvir”, e só depois foram reunidas em livro. Perseguido por seus superiores hierárquicos, Padre Germano viveu desterrado em obscura aldeia, palco de grande parte das histórias aqui relatadas, onde realizou um trabalho notável que engrandeceria qualquer pessoa que pretenda tornar-se cristã na verdadeira acepção do termo. (PP. 11 a 13)
O Espírito do Padre Germano valeu-se, para ditar suas memórias, de um médium falante inconsciente, auxiliado por alguém que fosse capaz de registrar, sentir, compreender e apreciar o que ele dissesse. Essa a tarefa que coube a Amália Domingo Sóler, o maior vulto do Espiritismo na Espanha, que trabalhou com o médium e o Padre Germano na redação destas Memórias até 10 de janeiro de 1884. (N.R.: Nesta obra, a partir da pág. 367, foi incluído pela Editora da FEB um apêndice intitulado “Recordações”, ditado pelo Espírito do Padre Germano ao médium Chico Xavier e publicado inicialmente no “Reformador”, em fevereiro e março de 1932.) (P. 12).


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PERDÔO-TE

Sinopse:
Madre Teresa de Ávila, que viveu na Espanha - 1515/1582 - é a reencarnação de Madalena, contemporânea de Jesus. È o qu se depreende ao ler-se Perdôo-te, a historia das muitas existências de uma entidade singular que escolheu Amália Soler e Eudaldo Pagés para relata-las.As comunicações aconteceram em Gracia, na Espanha, de 1897 a 1899. Eudaldo ditava Amália transcrevia. Os relatos do espírito antecedem a existência de Madalena, reportando-se a tempos imemoriais em que fez parte de uma civilização que teria existido na Atlântida. Interessante o fato de o espírito comunicante nao usar de forma declarada o nome de Madalena e nem da revolucionária religiosa Teresa de Cepeda y Ahumada, também chamada de Teresa de Ávila ou Teresa de Jesus. Tereza foi canonizada em 1622, quarenta anos apos sua morte. nominá-la em um livro espírita causaria demasiado impacto há cem anos atrás? E quanto a elucidar que as visões e transes de madre Tereza eram simplesmente manifestações mediúnicas?
Sabe-se que o poder clerical tinha preponderante influência nas esferas governamentais, quando da concepção desta obra, ao final do século XIX, na Espanha. O espiritismo , então era combatido veementemente.

Charles Richet – O Fundador da Metapisíquica
por Alexandre Cardia Machado

Conhecido como o fundador da Metapsíquica, Charles Richet (1850-1935) desempenhou um papel fundamental no processo de desvendar o desconhecido mundo dos fenômenos anímicos. Em 1905, então presidente da Sociedade de Investigações Psíquicas - Londres, propôs o nome de Metapsíquica a este conjunto de conhecimentos.
A Obra
Sua obra mais famosa, Tratado de Metapsíquica, é um verdadeiro arcabouço de fatos e descrições pormenorizadas de experiências psíquicas, descrições
históricas e classificatórias que muito colaboraram para o seu desenvolvimento. A sua maior contribuição, sem sombra de dúvida, foi o estudo do ectoplasma, substância responsável pela viabilidade dos fenômenos ditos objetivos.
Foi ele quem, pela primeira vez, denominou a substância que emanava dos médiuns de efeitos físicos de ectoplasma, naquele momento referindo-se aos fluidos que emanavam de Eusápia Paladino (uma das maiores médiuns da história do Espiritismo): “são as formações difusas que eu chamo de ectoplasmas; porque elas parecem sair do próprio corpo de Eusápia”.
Numa experiência transcorrida com a médium Marthe Béraud, Charles Richet e Gabriel Delanne fizeram com que a “materialização” soprasse o ar de seus pulmões através de uma solução aquosa de barita, usando um pequeno tubo. O resultado foi o turvamento do líquido, revelando a presença do gás carbônico, fenômeno peculiar dos organismos vivos normais.
A Metapsíquica de Richet era composta pela composição dos seguintes fenômenos: a Criptestesia, a telecinesia e a ectoplasmia. Para ele, a Metapsíquica estava na flor d’água de uma nova psicologia. No seu Tratado, Richet classificou a história da fenomenologia metapsíquica em quatro períodos:
1°) Período Mítico, que vai das origens históricas até Mesmer, (1776);2°) Período Magnético, que vai de Mesmer às irmãs Fox, ( 1847);3°) Período Espirítico, que vai das irmãs Fox, passando por Allan Kardec, a William Crookes (1872);4°) Período Científico, que vai de Crookes até agora.
Charles Richet classificou os fenômenos metapsíquicos em dois grupos gerais: Fenômenos Subjetivos, que ocorrem exclusivamente na área psíquica, sem nenhuma ação dinâmica sobre os objetos materiais (anos antes, a estes fenômenos Allan Kardec denominou Inteligentes). E Fenômenos Objetivos, cuja manifestação envolve ação física sobre os objetos materiais (na linguagem espírita, Fenômenos Físicos).
Esta classificação é utilizada até os dias de hoje.
Richet e o Espiritismo
Charles Richet nunca se declarou espírita, mas sim, um estudioso dos fenômenos metapsíquicos. Não podemos, portanto, classificar Charles Richet como um continuador da obra de Allan Kardec, já que na verdade Richet reserva um espaço de duas páginas em um Tratado de mais 700 àquele que poderia ter sido um de seus mestres.
Desvendou um caminho distinto, sem evidentemente desconhecê-lo tanto, e que o classifica na categoria de iniciador romântico da Metapsíquica, reconhecendo em Kardec, a quem se refere como Dr. H. Rivail, algum apreço pela investigação científica, mas que, no entanto, se levou demais a acreditar que as comunicações dos Espíritos através dos médiuns eram destituídas de erros, desde que as mesmas emanassem de bons Espíritos.
Esta crítica, a nosso ver, não é muito justa porém se assemelha à feita por Arthur Conan Doyle em seu A História do Espiritualismo, fazendo-nos, pelo menos, pensar que conhecemos hoje bem melhor a obra de Kardec do que os quase contemporâneos vizinhos e conterrâneos.
Foi companheiro de jornada de homens do vulto de um Gustavo Geley, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano. Este último seu grande amigo e com quem duelaria no campo da ciência. Bozzano no seu livro “Metapsíquica Humana”, dedica no último capítulo, denominado: Respostas a algumas objeções de ordem geral; algumas palavras diretamente contrárias às posições de Charles Richet, são elas: “..não devo ocultar que entre os que assim pensam está o Prof. Charles Richet, a quem sinceramente venero e admiro. No Journal of the American for S.P.R. de setembro de 1923, pag 400, a respeito ele escreve:Sou de opinião que, se a Metapsíquica não tem progredido mais, se deve isto a um defeito de método; quiseram dela fazer uma religião cheia de ardor, em vez de uma ciência serena e modesta.... Penso ser de não pequena utilidade destruir essa deplorável prevenção, filha de uma observação estranhavelmente parcial e superficial do movimento espírita encarado em seu conjunto. Se é verdade que o Espiritismo seja tomado num sentido religioso por uma multidão, aliás muito respeitável, de almas simples, não quer dizer isso que ele seja religioso, mas tão somente que as conclusões rigorosamente experimentais e, portanto, científicas, a que conduzem as investigações medianímicas, tem a virtude de reconfortar grande número de almas atormentadas pela dúvida... “( Ernesto Bozzano, Metapsíquica Humana) e se refere a tantos sábios, homens de ciência que se dedicaram a estudar os fenômenos inicialmente de forma materialista, convertendo-se ao Espiritismo pela conclusão a que chegaram através da pesquisa.
Na introdução do seu Tratado de Metapsíquica Richet, em sua segunda edição, chega mesmo a citar os espíritas que já naquela época pouca importância deram a esta obra uma vez que acreditavam que tudo o que importava já havia sido escrito. Richet escreveu - se os espíritas fossem justos, reconheceriam que a minha tentativa de fazer entrar na ordem dos fatos científicos todos os fenômenos que constituem a base de sua fé, mereceria eu verdadeiramente alguma indulgência.
Vê-se que na época o movimento espírita francês já estava totalmente dominado pelos ritos, afastando-se dos ensinamentos de Allan Kardec, salvava-se neste tempo Gabriel Delanne, que muito doente insistia com a sua Sociedade Francesa de Estudos de Fenômenos Psíquicos e na revista Le Spiritisme. A rigidez de Richet, com relação à metodologia científica se explica pelo trabalho profissional do mesmo que, como cientista, veio a ser merecedor de um Prêmio Nobel.
A Visão do Futuro
Allan Kardec, em A Gênese escreve: Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará. Com estas palavras Kardec colocava todo o seu gênio que infelizmente só foi seguido por alguns como Camille Flammarion, Léon Denis, Delanne dentre outros
Desta mesma forma, Richet declara que o primeiro Tratado de Metapsíquica irá ter a sina comum. Ele irá logo ficar para trás e cair em desuso, porque os progressos desta nova ciência serão rápidos.
Assim como Kardec, os metapsiquistas também acreditavam num rápido progresso das ciências psíquicas, elas de fato tiveram algum alento com o advento da Parapsicologia de Rhine.
No começo da década passada, muitos de nós, estudiosos, guardávamos muita esperança de que na União Soviética existissem centros de pesquisa, a cortina de ferro caiu e o que havia em termos de psicobiofísica?
A verdade é que pesquisadores do quilate dos grandes metapsiquistas, incluindo no grupo os espiritualistas ingleses, já não aparecem com tanta freqüência.Transferimos nossas expectativas para o século que se avizinha, este sim poderá trazer ao público em geral aquilo que Kardec, Richet e tantos outros se empenharam tanto em estudar, classificar e ensinar, mas que não atingiram a universalidade do conhecimento.

Gabriel Delanne – Um Pesquisador Incansável

Gabriel Delanne – Um Pesquisador Incansável
por Marcelo Coimbra Régis
Virada de século, virada de milênio, ótima oportunidade para refletir e analisar as diversas contribuições feitas no século XX ao Espiritismo e as chamadas ciências do espírito. Gabriel Delanne (juntamente a Leon Denis) marca a transição do Espiritismo do século XIX, influenciado pela presença de Kardec, para o Espiritismo do início do século XX, buscando sua afirmação científica, tentando empolgar os homens de ciência da época. Nascido em Paris, no dia 23 de março de 1857 – no mesmo ano da publicação de "O Livro dos Espíritos" – Delanne foi (juntamente com Leon Denis) o discípulo mais próximo de Alan Kardec. Além
disso foi provavelmente a 1a grande personagem espírita nascida em uma família espírita. Apenas para recordar, Allan Kardec tomo conhecimento dos fenômenos espíritas aos 50 anos e Leon Denis era adolescente quando ouviu falar pela 1a vez do Espiritismo. Gabriel Delanne nasceu em família espírita, seu pai Alexandre Delanne acompanhou de perto os trabalhos de Allan Kardec tendo formado um pequeno grupo familiar de estudos espíritas tendo como médium escrevente sua esposa (e mão de Gabriel) Alexandrine Delanne.
Portanto desde criança Gabriel Delanne estava familiarizado com o vocabulário espiritista e assistiu desde muito pequeno a numerosas sessões espíritas. Delanne, inclusive, travou contato com o mestre Kardec na sua infância – Kardec faleceu quando Delanne tinha 12 anos de idade.
Uma vida atribulada e sofrida
Gabriel Delanne iniciou seus estudos no colégio Cluny (em Saone-et-Loire), depois no colégio de Grau (em Haute-Soane) e aos 19 anos ingressou na Escola Central das Artes e Manufatura. Como a situação financeira de seus pais não permitiu a conclusão de seus estudos começou a trabalhar na Companhia de Ar Comprimido e de Eletricidade Popp onde esteve até 1892, dividindo seu tempo entre seu trabalho e sua dedicação ao Espiritismo.
Delanne não gozava de boa saúde. De menino tinha um abcesso no olho esquerdo – pelo qual foi isento do serviço militar – o qual resultou numa infeção que iria progressivamente prejudicar sua visão. No curso dos anos seu estado de saúde foi se agravando. Em 1906 a paralisia dos membros inferiores obrigava-o a andar com duas bengalas. Nem por isso abandonou as conferências na França e no exterior, sempre divulgando as idéias espíritas. No período da 1a guerra (1914/18) a saúde de Delanne piorou ainda mais. Cada movimento era um grande sofrimento e ainda por cima ficou cego. Em 1918 já não conseguia mais andar sendo necessário o uso de cadeira de rodas. Não obstante todos esse sofrimento físico continuou produzindo incessantemente, retirado na vila de Montmorency onde Jean Myer lhe havia dado asilo.
Sua morte se deu em 15 de fevereiro de 1926, aos 69 anos de idade. Sua sepultura se encontra no famoso cemitério parisiense de Pere Lachaise.
Contribuições ao Espiritismo
Como já dito Gabriel Delanne marcou a transição e a continuação da obra de Kardec. Defensor ferrenho do caráter cientifico da Doutrina Espírita dedicou a maior parte de seus esforços na luta por consolidar o Espiritismo como uma ciência estabelecida e complementar às outras. Foi presidente da União Espírita Francesa, presidente da Sociedade de Estudos dos Fenômenos Psíquicos, fundador e diretor da Revista Cientifica e Moral de Espiritismo. Escritor de grande talento dentre suas principais obras destacam-se:
O Espiritismo Perante a Ciência, O Fenômeno Espírita, A Evolução Anímica,
A Reencarnação, A Alma é Imortal, Katie King, As Materializações da Vila Carmen
Marcam suas obras a defesa ferrenha dos conceitos espíritas e o combate ao materialismo. Utilizando o método racional empregado na época, faz uso de casos e observações para comprovar suas hipóteses. Apesar de aceitar a revelação dos espíritos, sempre procurou a comprovação através dos fatos.
No meu entender sua maior contribuição ao Espiritismo foi a tese do Perispírito. Se o conceito do Perispírito havia sido introduzido por Allan Kardec, foi Delanne quem o definiu, estudou e atribuiu diversas funções na economia corporal e espiritual. Vitalista, atribui ao perispírito a resposta às questões pendentes de sua época:
Como explicar a vida? Por que se morre? Como a estabilidade orgânica é mantida frente a renovação celular constante? Como explicar a ação inteligente da alma sobre o corpo? Onde se localiza a memória? Como se dá a evolução anímica?
Para todas esses questões Delanne ofereceu como resposta a existência do Perispírito, suas características e funções. Além disso desenvolveu brilhante explicação acerca dos fenômenos espíritas, novamente utilizando o Perispírito como peça central, sempre ressaltando que o Espiritismo não tinha nada de sobrenatural e se calcava em bases naturais, ou seja, na existência desse corpo físico, porém etéreo, ponte entre a alma e o corpo físico. Introduziu também com muita força a noção do fluido vital. Finalmente atribuiu ao Perispírito a sede da memória, estabelecendo assim uma ligação entre a reencarnação e a evolução anímica.
De certa forma todo o desenvolvimento científico tentado por diversos autores espíritas, como André Luiz e Hernani G. Andrade, baseiam-se nos postulados de Delanne. É mister admitir que o progresso da ciência demonstrou que várias hipóteses de Delanne estão incorretas, porem é notável o esforço feito por ele para colocar o Espiritismo par a par com a ciência, não só pelo método empregado, mas pela busca constante de fatos que comprovem suas proposições.
A leitura de suas obras mostra um Delanne apaixonado, convencido da força das idéias espíritas e mais que tudo consciente do impacto moral das mesmas, como nos atesta o seguinte trecho da conclusão de sua obra "A Evolução Anímica" (Delanne,Gabriel – 6a Edição; Ed. FEB – pág. 252) :
"Com a certeza das vidas sucessivas e da responsabilidade dos nossos atos, muitos problemas revelar-se-ão sob novos prismas. As lutas sociais, que atingem , nesta nossa época, um caráter de aguda aspereza, poderão ser suavizadas pela convicção de não ser a existência planetária mais que um momento transitório no curso de uma eterna evolução.
Com menos orgulho nas camadas altas e menos inveja nas baixas, surgirá uma solidariedade efetiva, em contacto com estas doutrinas consoladoras, e talvez possamos ver desaparecer da face da Terra as lutas fratricidas, ineptos frutos da ignorância , a se dissiparem diante dos ensinamentos de amor e fraternidade, que são a coroa radiosa do Espiritismo."
Por toda sua dedicação a idéia espírita, na defesa do aspecto científico do Espiritismo e por seu humanismo Gabriel Delanne merece lugar de destaque entre os pensadores que contribuíram para a evolução da idéia espírita no século XX.

Ernesto Bozzano


Ernesto Bozzano

Nasceu em 9/01/1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 24/06/1943, na mesma localidade.
Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, céptico, positivista.
Pesquisador profundo e meticuloso, escreveu mais de trinta e cinco obras, todas de caráter científico.
Organizador de estudo experimental, com o valioso concurso de 76 médiuns.
Elaborou nove monografias inconclusas.
Essa a folha de serviço de um dos mais eruditos pensadores e cientistas italianos. Seu nome: Ernesto Bozzano.
Numa época em que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano demonstrava-lhe nítida inclinação.
Dos postulados positivistas gravitou para uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar mais tarde: Fui um positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia impossível pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma.
O fato de representantes da Ciência oficial levarem a sério a possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas casas mal-assombradas escandalizava Bozzano.
Somente após ler diversas outras obras é que Ernesto Bozzano resolveu dedicar-se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos espíritas, fazendo-o através das obras de Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, Paul Gibier, William Crookes, Alexander Aksakof e outros.
Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de Gênova.
No decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana e, ultrapassando as fronteiras, chegou a vários países.
Havia-se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos “A Crise da Morte”, A Hipótese Espírita e as teorias Científicas”, “Animismo ou Espiritismo”, “Comunicações Mediúnicas entre Vivos”, “Pensamento e Vontade”, “Fenômeno de Transfiguração”, “Metapsíquica Humana”, “Os Enigmas da Psicometria”, “Fenômenos de Talestesia”, etc.
O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo.
A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma.
Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium.
Realizando uma sessão na data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado.
Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.

Yvonne do Amaral Pereira

Yvonne do Amaral Pereira
Nos primeiros dias de março do ano de 1984, Yvonne afirmara que não valeria a pena o trabalho de colocação de um marcapasso. Contudo, submeteu-se à cirurgia de emergência, à qual não resistiu, desencarnando. Retornou assim, ao Mundo Espiritual, uma das mais respeitáveis médiuns do Movimento Espírita Brasileiro, Yvonne do Amaral Pereira, às 22 horas do dia 9 de março daquele ano, após um longo período de atividades na causa espírita. Nascida na antiga Vila de Santa Tereza de Valença, atual Rio das Flores, no Sul fluminense, no dia 24 de dezembro de 1900, familiarmente, atendia pelo nome afetivo de Tuti.

Aos 5 anos de idade, não somente via, mas conversava com os espíritos. Aos 12 anos, colocaram-lhe nas mãos a obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que ela passaria a ler diariamente. Aos 13 anos, escrevia com desenvoltura e estudava sozinha, alcançando as horas da madrugada. Sua vida é uma epopéia de renúncias. Desejava estudar piano e chegou a dedilhar o teclado. Mas, a pobreza de seus pais lhe impediu o acesso aos estudos que a pudessem habilitar à prática musical. Desejava tornar-se professora, mas por dificuldades econômicas, também não lhe foi possível freqüentar o Curso Normal, que almejava. Lia autores nacionais e internacionais, como Bernardo Guimarães, José de Alencar, Goethe e Conan Doyle, ilustrando-se de contínuo.

Os trabalhos em prosa e verso que escreveu, sob a tutela espiritual de Roberto de Canalejas (espírito), desde os 12 anos, foram publicados na imprensa mineira, paulista e fluminense, em jornais diversos. Posteriormente, a Revista Reformador da Federação Espírita Brasileira igualmente os publicou. Mais tarde, em período compreendido entre 1963 e 1982, Yvonne adotou o pseudônimo de Frederico Francisco e publicou notáveis escritos na mesma Revista. Yvonne, além de médium psicofônica, psicógrafa, gozava das faculdades mediúnicas de desdobramento, materialização e de curas. Nas localidades onde viveu, sempre deu a sua contribuição nos Centros Espíritas, como bibliotecária, secretária, vice-presidente, evangelizadora, palestrante.

Durante 44 anos, subiu à tribuna espírita, em cinco das seis cidades em que residiu. Deixou-nos 12 incomparáveis obras mediúnicas, da autoria dos Espíritos Bezerra de Menezes, Léon Tolstoi, Camilo Castelo Branco, Charles, a saber: a trilogia de romances - Nas voragens do pecado, O cavaleiro de Numiers, O drama da Bretanha, onde são retratadas as lutas redentoras de diversos personagens, sendo Yvone mesma uma delas; Amor e Ódio - romance que narra a vida de um ex-discípulo de Kardec, Gaston de Saint-Pierre e que dele recebeu O Livro dos Espíritos, na época em que surgiu essa obra; Sublimação - histórias comoventes, onde o enfoque maior é o suicídio, com todas as suas implicações morais e suas conseqüências dolorosas; Ressurreição e Vida - contos variados que se desenrolam na Rússia dos Czares, em aldeias da Itália e na Espiritualidade, com evocações inclusive da Galiléia dos tempos apostólicos; A tragédia de Santa Maria - romance de fatos ocorridos no Brasil, em uma fazenda de cana-de-açúcar, ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no século XIX. Dos fatos narrados, Bezerra de Menezes, ainda encarnado, participa;

Nas telas do infinito - que comporta duas histórias, tendo como cenário a Europa e o nosso país; Dramas da obsessão - obra que esclarece sobre a realidade dos fatos relacionados com a obsessão, em duas histórias, uma delas com participação da própria médium, na tarefa de orientação aos espíritos obsessores; Devassando o invisível e Recordações da mediunidade - relatos das experiências mediúnicas de Yvonne, sob o amparo dos Espíritos Charles e Bezerra.


Memórias de um suicida - obra prima da literatura mediúnica no Brasil. Com suas 568 páginas, é um libelo contra o tresloucado ato do suicídio. Narra desde as tragédias que se desenvolvem no Vale dos Suicidas ao amparo maternal de Maria de Nazaré, no Hospital que traz seu nome, na Espiritualidade, tanto quanto a tarefa anônima da desobsessão nas Casas Espíritas. No ano de 1979, nos meses de setembro a dezembro, a Revista Reformador publicou substancioso texto de Yvonne, onde ela narra algumas de suas experiências reencarnatórias, que culminam na encarnação que findou no Brasil, no ano de 1984.


A Societo Lorenz, no ano 2000, sintetizou em um livreto os quatro artigos, que chegaram a ocupar as páginas do jornal Mundo Espírita, e o publicou com o título Um caso de reencarnação - Eu e Roberto de Canalejas. Vinte anos se passaram. Não podemos dizer: vinte anos sem Yvonne, pois que a valorosa médium deixou as paragens terrenas para prosseguir em outra dimensão a tarefa em tão boa hora iniciada. Yvonne do Amaral Pereira Deixou-nos um belo legado; obras que precisam e merecem ser divulgadas, sejamos nós os multiplicadores dessas bençãos! Agora está em nossas mãos!!!