Jesus e a sua trajetória de luz na terra.

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Ninguém vai ao Pai senão por mim. João 14,6

quarta-feira, 14 de março de 2012

Há 28 anos, desencarnava Yvonne Pereira

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Escrito por Eliana Ferrer Haddad   
Ter, 13 de Março de 2012 13:47
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Yvonne do Amaral Pereira, ou simplesmente D. Yvonne, nasceu em 24 de dezembro de 1900 e desencarnou no dia 9 de março de 1984, aos 83 anos.
Nascida em berço espírita, foi por volta dos quatro ou cinco anos de idade que os primeiros sinais da mediunidade começaram a se apresentar, sobretudo a vidência e a audiência. A partir dessas faculdades, não apenas participava ativamente da vida espiritual, como também, e principalmente, percebia, sentia e se alegrava com a presença de dois espíritos que lhe eram muito caros ao coração: Charles e Roberto de Canallejas, ambos presentes em diversas de suas obras, como Nas voragens do pecado, O cavaleiro de Numiers e O drama da Bretanha, animando personagens de dramas que desembocaram na sua atual encarnação.

O contato com a realidade invisível, aliado aos impactos que a prática de dois suicídios produziu em seu perispírito, predispuseram Yvonne à recordação espontânea de vidas passadas, faculdade que a acompanhou desde os primeiros anos até a desencarnação. Tal fenômeno trouxe muitos problemas para sua vida, haja vista que, em criança, tinha dificuldades para aceitar a família da atual existência, fixada como se encontrava ao passado e à lembrança dos seus insucessos.
“É preciso resgatar a importância da obra de Yvonne Pereira, não somente como uma das mais notáveis médiuns de que se têm notícias, cuja vida e obra têm influenciado gerações de espíritas desde a década de 1950, quando seus primeiros livros psicografados foram sendo lançados, como revelar a boa literatura, com fidelidade ao estilo dos espíritos comunicantes e um característico rigor doutrinário”, adverte o médium, escritor e pesquisador  Pedro Camilo, biógrafo de Yvonne Pereira, ao enaltecer ter sido a médium intermediária dos espíritos Bezerra de Menezes, Charles, Camilo Castelo Branco e Léon Tolstoi, em obras que, na atualidade, continuam encantando e distribuindo consolações.
Também recordou que, no campo dos fenômenos mediúnicos,Yvonne apresentava as mediunidades receitista, curadora, psicofonia, desdobramento, psicometria e premonição, essas três últimas de natureza anímica, mas também passíveis de utilização por parte dos Espíritos.
Embora se tenha imortalizado pelas obras psicografadas, cujo maior símbolo é o livro Memórias de um suicida, ditado pelo espírito Camilo Castelo Branco, destacou-se também por ser especialista no atendimento de espíritos suicidas, bem como nos quesitos obsessão e desobsessão, tendo atuado nessa tarefa, durante toda a existência, assistida sobretudo por Bezerra de Menezes e por espíritos de indígenas, como se depreende do livro Dramas da obsessão, ditado pelo Médico dos Pobres à sua psicografia.bezerra_2
Além dos já citados livros, também deixou: Amor e ódio, do espírito Charles; A tragédia de Santa Maria, do espírito Bezerra de Menezes; Ressurreição e vida, do espírito Léon Tolstoi; Sublimação, reunindo contos dos espíritos Charles e Tolstoi. Há ainda os relatos auto-biográficos em Devassando o invisível e Recordações da mediunidade. Após sua desencarnação, foram ainda publicados Um caso de reencarnação – eu e Roberto de Canallejas, À luz do Consolador, Cânticos do coração, Pelos caminhos da mediunidade serena, reunião de entrevistas concedidas pela médium, onde conta detalhes de sua vida e de sua mediunidade, publicada, no ano de 2006, em comemoração ao cinquentenário de lançamento do livro Memórias de um suicida.
Em Nas telas do infinito, sua primeira obra mediúnica a ser publicada, em meados da década de 1950, apresentou a médium ao Movimento Espírita, até então, conforme suas próprias palavras, “uma ilustre desconhecida”, apesar de sua dedicação à mediunidade e à psicografia, em especial, datar de meados da década de 1920.
pedro_camiloA obra é composta por duas novelas: Uma história triste, ditada por Bezerra de Menezes em 1928, que foi unida a O tesouro do castelo, novela de Camilo Castelo Branco, tendo sido publicada pela FEB em 1955.
Segundo Pedro Camilo, um dos pontos mais marcantes do livro é o relato dos fatos mediúnicos acontecidos com ela para a recepção das narrativas, como o seu desprendimento do corpo e as peripécias realizadas ao lado de Bezerra de Menezes e Camilo Castelo Branco.
Francisco Cândido Xavier chegou a tecer elogios à fidelidade ao estilo do Dr. Bezerra, que lhe parecia inconfundível, o médium mineiro afirmava, com convicção, que a afinidade existente entre Yvonne e Dr. Bezerra somente poderia se justificar da seguinte forma: em outra existência, ambos teriam sido pai e filha. Yvonne foi a jovem Ruth-Carolina, Bezerra de Menezes foi seu pai.





 

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